Friday, 7 January 2011

EMPRESÁRIO PAGA DÍVIDAS DE VÍTIMA DE ACIDENTE APÓS TER LIDO NO JORNAL A NOTÍCIA

Porto: Benfeitor é de Lisboa e quis ajudar após ler a notícia no CM


Empresário paga dívidas de vítima de acidente (COM VÍDEO)

"Já estou em paz." O comentário emocionado é de Maria de Fátima Barros, vítima de um acidente de viação que estava em risco de ser despejada de casa por não ter dinheiro para pagar a renda. As dívidas da mulher, de 60 anos, residente no Porto, foram saldadas por um empresário de Lisboa que decidiu ajudar Maria de Fátima após ler a notícia no Correio da Manhã.

O caso de Maria de Fátima, que deixou de andar após ter sofrido o acidente em 1994, não passou despercebido ao empresário de Lisboa. "Vinha numa viagem de avião a ler o jornal. E tocou-me porque conheço bem esse tipo de doenças. Também eu já fui operado três vezes à coluna, mas felizmente nunca fiquei impossibilitado como a Maria de Fátima", começou por contar ao CM o empresário, que pediu o anonimato.

Com cinco meses de renda em atraso, Maria de Fátima e a filha estavam em vias de ser despejadas de casa. No total, deviam 1425 euros. O empresário não só deu 1500 euros, como também se comprometeu a pagar mensalmente a renda de 325 euros. "Se só pagasse a dívida elas iriam voltar ao mesmo problema nos próximos meses. Então comprometi-me a pagar a renda todos os meses enquanto ela necessitar", explicou. "Precisamos é de ter força e coragem para ajudar nestes momentos", adiantou.

Maria de Fátima saldou ontem as dívidas ao senhorio. A antiga funcionária de um escritório de contabilidade, que está dependente da ajuda diária da filha, de 29 anos, respira, agora, de alívio. As duas sobrevivem da pensão de invalidez de Maria de Fátima que, por vezes, nem é suficiente para pagar os medicamentos de que precisa.

O problema, diz, é que a seguradora nunca a indemnizou pelo acidente, do qual não teve culpa. "Fiquei com a coluna desfeita e com vários problemas de saúde", descreve. "Se tenho hoje telhas devo a esse empresário e ao jornal", diz.

Por:Ana Sofia Coelho