Wednesday 27 February 2013

O ADEUS DO PAPA


Papa despede-se dos fiéis, à espera de um outsider capaz de reformar a Igreja

Retrato que emerge dos escândalos exagera a realidade, mas também a reflecte. Sem uma mudança profunda na Cúria, não haverá revolução no Vaticano.

A Praça de São Pedro já está a postos para receber a enchente que nesta quarta-feira ali acorrerá para ver Bento XVI na audiência geral que será o seu último acto público enquanto Papa. Na quinta-feira, deixará o Vaticano para trás e entregará nas mãos de outros a tarefa de transformar a Igreja que ele declarou falível e permeável ao pecado, abalada por "divisões que [lhe] deturpam a essência".

O Vaticano espera pelo menos 200 mil pessoas, o dobro das que assistiram ao Angelus, no domingo. Nas cadeiras cinzentas, dispostas em filas intermináveis, e à volta destas, vão juntar-se crentes comuns, mas também os membros do governo que acompanharam Ratzinger no exercício do seu poder sobre a Igreja, a Cúria Romana, incluindo muitos dos que dentro de alguns dias participarão na escolha do seu sucessor.

"Quando o muro de Berlim caiu, eu disse a alguns amigos que talvez viéssemos a assistir a qualquer coisa de inimaginável nas nossas vidas, que depois da queda do comunismo de Estado assistiríamos com toda a probabilidade ao fim da Igreja Católica como a conhecemos", diz o filósofo Giacomo Marramao numa conversa no seu escritório da Fundação Basso, entre o Panteão e o Senado, numa Roma de palácios que não dista muito do Vaticano.

Marramao pesa as palavras: "O último grande combate da Igreja foi a luta contra o comunismo, que João Paulo II venceu. Agora tem vários inimigos, o consumismo, os mercados, o capitalismo selvagem, mas nunca mais voltou a ter um verdadeiro adversário, uma potência com a qual travar uma luta cultural". Por isso, é chegada a hora de mudar a "função histórica" da Igreja Católica, de a fazer caminhar no sentido "da intensificação da experiência da fé", diz o filósofo. Faz falta "uma inversão da autoridade, é preciso abandonar a autoridade de Roma, das divisões corporativas e dos acordos diplomáticos, e substituí-la pela autoridade dos oprimidos".

Bento XVI, afirma Marramao, soube ler o momento actual e a sua renúncia oferece à Igreja Católica uma oportunidade única de mudança. A renúncia não basta. Para a reforma se concretizar, "é preciso um acto de coragem, um novo Papa que dê um sinal muito forte, uma figura inovadora que não pode ser apenas carismática".Uma minoria podre

 Marramao tem a certeza de que Ratzinger escolheu abandonar em vida a liderança da barca de São Pedro para abrir caminho a esta revolução. Mas não sabe se a Cúria o ouviu. Paolo Rodari, vaticanista do jornal Il Foglio (antes escreveu no La Reppublica e no Il Sole 24 Ore, entre outros), autor de vários livros sobre o Vaticano e sobre Bento XVI, também acredita que atrás da renúncia esteja "a vontade de dar um sinal muito forte a uma Igreja que não conseguiu reformar-se, principalmente a uma Cúria que não quis nem soube auxiliar o Papa na sua governação, nas mudanças que quis pôr em prática".

"A maioria dos que integram a Cúria quer o bem da Igreja, mas há uma minoria que tem outras preocupações. Alguns chegam ao Vaticano e continuam a trabalhar na defesa dos seus próprios interesses. Diria que este é um elemento fisiológico, é natural, vão existir sempre maçãs podres em qualquer governo, a Igreja não é excepção", descreve Rodari.

Se nos fixarmos em algumas das notícias publicadas no último ano, desde o início do Vatileaks, o caso de fuga de documentos que culminou na acusação do mordomo do Papa, Paolo Gabriele, condenado entretanto pelo roubo de correspondência, o retrato que emerge da Cúria romana é o de um ninho infestado nas mãos de grupos de pressão liderados por homens envolvidos em lutas de poder mesquinhas e capazes de tudo para alcançar os seus fins.

Segundo escreveu o jornal La Repubblica a semana passada, um destes grupos de pressão está unido pela sua "orientação sexual" - um lobby homossexual no interior do Vaticano que ameaçava a Igreja por se expor a ameaças de chantagem. Essa revelação, alegadamente contida no Relationem, o relatório fruto da investigação que o Papa ordenou na sequência do Vatileaks, teria sido determinante para Bento XVI abandonar a liderança dos fiéis.

Batalhas nada espirituais

 "O relatório dos três cardeais é secreto e vai permanecer assim, pelo que é muito difícil avaliar o quadro que sai destas notícias. Será um retrato romantizado, muito italiano, mas tem uma parte de verdade", diz Rodari. "Não conhecemos o relatório, mas conhecemos os documentos roubados, e esses bastam para mostrar que dentro da Cúria se consumam algumas batalhas nada espirituais. Que existem grupos antagonistas, sensibilidades diferentes, redes políticas até, lideradas por pessoas que se escondem atrás das suas funções religiosas".

Como o cardeal Tarciso Bertone, o poderoso secretário de Estado do Vaticano, e o principal alvo dos documentos trazidos a público com o Vatileaks.

Ali se lê que Bertone condenou um padre ao exílio nos Estados Unidos por este ter exposto a corrupção no Vaticano. Ali se descreve como Bertone terá tentado alargar a sua autoridade a Milão, despedindo o chefe do Instituto Toniolo (a fundação que controla a Universidade Católica da cidade, de onde saíram três dos ministros nomeados por Mario Monti) ou ordenando ao ex-chefe do Banco do Vaticano que comprasse um hospital falido, fundado por um confidente do antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

O banqueiro, Ettore Gotti Tedeschi, recusou investir no hospital depois de consultar as contas (quando o principal contabilista já se tinha suicidado) e descobrir que devia 1,5 mil milhões de euros e que a sua administração era alvo de um inquérito por fraude. Tinha sido Bertone a nomear Gotti Tedeschi e terá sido o cardeal a removê-lo, numa vingança pela desobediência.

Bertone é um dos "grandes eleitores" do conclave que terá início na primeira metade de Março, quando a hierarquia da Igreja, vinda de todo o mundo católico, se encerrar na Capela Sistina até o fumo branco assinalar a eleição de um Papa.

Rodari admite que os cardeais que já estão na Cúria deverão tentar determinar a escolha do sucessor, mas defende que "não é certo que o consigam".

O vaticanista não consegue "ver um candidato com possibilidades de ser eleito entre o chamado partido romano", mas diz que para reformar a Cúria e mudar a Igreja Católica não basta que o próximo Papa não seja de Roma. "Terá de ser um outsider, que venha de longe e que tenha força física e vontade suficiente", sentencia Rodari. Porque "sem uma mudança profunda na Cúria qualquer mudança é muito difícil." A mudança que deseja Marramao, segundo o qual Bento XVI quis "enterrar para sempre o Papa monarca", líder de um governo corrupto e distante dos fiéis, ou outra mais modesta.

http://www.publico.pt/mundo/jornal/papa-despedese-dos-fieis-a-espera-de-um-outsider-capaz-de-reformar-a-igreja-26131356

Saturday 16 February 2013

OS SEGREDOS POR TRÁS DA RENÚNCIA PAPAL


Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção.
 
Por Eduardo Febbro, de Paris. Tradução: Katarina Peixoto

 Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas.

Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno.

O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica.

A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar.
 
Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo.

Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual.

Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.

João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.


Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas.
 
Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa.
 
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.


Leia também
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/o-segredo-por-tras-da-renuncia-do-papa-bento-xvi.html

ANDREA BOCELLI E JACK NICHOLSON CONTRA O ABORTO

 

Jack Nicholson e Andrea Bocelli unidos pela vida e contra o aborto

WASHINGTON DC, 14 Fev. 13 / 03:42 pm (ACI/EWTN Noticias).- Jack Nicholson, famoso ator de Hollywood, foi concebido quando sua mãe era ainda adolescente e, várias vezes ofereceram a ela a possibilidade de abortá-lo, mas ela decidiu tê-lo.
 
Em declarações à imprensa americana, Nicholson assegurou que não concorda com o aborto e que não poderia assumir outra postura porque seria "hipócrita", já que se sua mãe tivesse aceitado o aborto, "estaria morto, não existiria".
 
Nascido em 1936, Nicholson cresceu acreditando que sua avó era sua mãe, e considerava como sua irmã a quem na realidade era a sua mãe. O ator descobriu a verdade somente em 1974.
 
Nicholson assegurou que "sou contrário ao meu distrito eleitoral no tema do aborto, porque estou positivamente em contra. Não tenho direito a qualquer outro ponto de vista. Minha única emoção é gratidão, literalmente, por minha vida".
 
Em um vídeo difundido no YouTube, o tenor italiano Andrea Bocelli revelou a história do seu nascimento e elogiou a sua mãe por não abortá-lo depois de saber que nasceria com uma deficiência.
 
No vídeo, titulado "Andrea Bocelli conta uma ‘pequena história’ sobre o aborto", o tenor contou que sua mãe grávida foi hospitalizada por "um simples ataque de apendicite", mas os médicos, ao terminar os tratamentos, sugeriram-lhe abortar porque "o bebê nasceria com alguma deficiência".
 
"Esta valente jovem esposa decidiu não abortar, e o menino nasceu. Essa mulher era minha mãe, e eu era o menino. Talvez estivesse parcializado, mas posso dizer que a decisão foi correta", assegurou Bocelli, que padece glaucoma congênito e perdeu a vista aos 12 anos, por um golpe na cabeça jogando futebol.
 
Jim Caviezel, ator católico que interpretou Jesus no filme A Paixão de Cristo, assegurou ao Catholic Digest, em 2009 que "não amo tanto a minha carreira para dizer ‘vou ficar calado sobre isto’", referindo-se ao aborto."Estou defendendo a cada bebê que não nasceu", assinalou.
 
O músico adolescente Justin Bieber também manifestou seu rechaço ao aborto. Em uma entrevista à revista Rolling Stone, Bieber assegurou que "realmente não acredito no aborto", pois "é matar a um bebê".
 
A mãe de Justin Bieber, Pattie Malette, também se envolveu recentemente na causa pró-vida ao produzir o curta-metragem "Crescendo" contra o aborto e a favor da vida. Pattie teve uma adolescência difícil, envolvida no mundo das drogas e do álcool, aos 17 anos tentou suicidar-se, antes de converter-se ao cristianismo.
 
Com seu curta-metragem, disse, "busco alentar às jovens mulheres de todo o mundo, como eu, para que saibam que têm um lugar aonde ir, pessoas que podem cuidar delas e um lar seguro onde viver se ficarem grávidas e acharem que não há lugar aonde acudir".
 
O veterano ator católico Martin Sheen também expressou repetidamente sua oposição ao aborto. Em uma entrevista em 2011, Sheen admitiu também que sua esposa, Janet, foi concebida por um estupro, por isso, assinalou, se sua mãe a tivesse abortado ou atirado em um rio, como chegou a pensar, ele não a teria conhecido.