Monday, 10 January 2011

DOM WILLIAMSON FALA SOBRE ASSIS



Eleison Comments

ASSIS-ISMO NÃO!
ELEISON COMMENTS CLXXXII (08 de janeiro de 2011)

Algumas pessoas ainda tem medo de que a Fraternidade de São Pio X de Dom Lefebvre esteja a caminho de um mau acordo com a Roma de Bento XVI, mas devido ao Assis-ismo do papa, entre outras coisas, pode-se dizer que Bento XVI está fazendo o seu melhor para evitar tal fato.

Seis dias atrás, ele argumentou em teoria que as “grandes religiões” do mundo podem constituir “um importante fator para a paz e a unidade da humanidade”. Cinco dias atrás, ele anunciou, na prática, que em outubro deste ano vai “como um peregrino” a Assis para comemorar o 25º aniversário da Reunião de Oração das Religiões do Mundo realizada pelo Papa João Paulo II, em 1986. Mas a teoria de todas as “grandes religiões do mundo” contribuírem para a paz no mundo foi absolutamente rejeitada por Dom Lefebvre e a prática da Reunião de Oração de Assis em 1986 foi por ele condenada como uma violação flagrante do Primeiro Mandamento, que, vinda do Vigário de Cristo, constituía um escândalo inédito em toda a história da Igreja. Só o medo do excesso de repetição vir a ser contra-produtivo pode tê-lo impedido de criticar com maior severidade este último pedaço de Assis-ismo.

No entanto, Dom Lefebvre reconheceu que pouquíssimos católicos de sua época compreenderam a gravidade do escândalo. Isso porque todo o mundo moderno marginaliza Deus, põe em aspas a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, torna a religião uma questão de livre arbítrio e transforma a Tradição Católica em uma mera questão de sensibilidade ou sentimento. Contaminando até os Papas, esta maneira de pensar tornou-se tão normal em torno de nós que nós mesmos estamos ameaçados. Voltemos ao básico:

Todos os seres exigem uma Causa Primeira. Essa Causa, para ser Primeira, deve ser o próprio Ser, que deve ter todas as perfeições, porque qualquer outro deus, diferente do primeiro, teria que ter alguma perfeição que falta ao Primeiro. Portanto, o verdadeiro Deus só pode ser um. Este único Deus verdadeiro tomou a natureza humana uma vez, e apenas uma vez, na Pessoa divina de Nosso Senhor Jesus Cristo, que provou sua divindade por uma quantidade e qualidade de milagres que jamais acompanharam a nenhum outro homem, mas que tem acompanhado a sua Igreja desde então: a Igreja Católica Romana. Entra-se nessa Igreja pela fé, e Ela está aberta a todos os homens. Se eles acreditam, isso é um indispensável início de sua salvação eterna. Se eles se recusam a acreditar, eles estão em seu caminho para a condenação eterna (Mc. XVI, 16).

Portanto, se, pelos encontros passados e futuros de Assis, os papas João Paulo II e Bento XVI incentivam as almas a pensar que o catolicismo não é o único caminho para uma eternidade feliz, mas apenas um entre muitos outros promotores (ainda que seja o melhor) de “paz e unidade” para a humanidade nesta vida, segue-se que ambos os Papas facilitaram a terrível perdição de incontáveis almas na próxima vida. Antes de ter qualquer parte em tamanha traição, Dom Lefebvre preferiu ser desprezado, rejeitado, ridicularizado, marginalizado, silenciado, “excomungado”, e assim por diante.

Há um preço a ser pago por ater-se à Verdade. Quantos católicos estão dispostos a pagá-lo?

Kyrie eleison.


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