Sunday, 3 April 2011

RESTAURANTES PORTUGUESES OFERECEM REFEIÇÕES A CARENCIADOS



Santa Zita


"Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo,
em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa."


Mc 9,38-43.45-47-48

Restaurantes oferecem 60 refeições por dia a famílias

Doze restaurantes de Santa Maria da Feira decidiram fornecer, diariamente, 60 refeições gratuitas a famílias que precisem de ajuda.

Nesta acção de solidariedade calcula-se que mais de 1800 as refeições serão, ao longo de um ano, distribuídas gratuitamente pelos restaurantes do concelho a famílias que se encontrem em situação de comprovada necessidade. A Câmara Municipal, entidade promotora do projecto, enaltece a disponibilidade dos estabelecimentos de restauração, lembrando que foram os próprios a mostrarem disponibilidade para ajudarem os mais desfavorecidos.

Num dos estabelecimentos aderentes, frequentado por clientela da classe média e média-alta, "as pessoas que vieram fazer a sua refeição serão tratadas como qualquer outro cliente, podendo escolher da carta o que quiserem comer", garante o proprietário.

Esta atitude dos empresários da restauração é elogiada pela responsável da acção social da Autarquia. "Foram todos excepcionais e mostraram-se desde logo solidários com os mais necessitados", afirma Manuela Coelho, da autarquia, acrescentando que não há contrapartida para este gesto, mas ressalva que poderão ser os feirenses a compensarem os restaurantes solidários se os colocarem entre as suas preferências nas refeições.

Sobre a possibilidade de algumas famílias carenciadas virem a mostrar algum receio na exposição pública, Manuela Coelho reafirma que os abrangidos por este apoio serão tratados "como qualquer cliente". E, sossegando quem receia estigmas, diz: "Se não quiserem usufruir da refeição no restaurante, podem levá-la para casa". A identificação das famílias a quem serão oferecidas refeições diárias será feita com base no trabalho integrado das várias instituições e grupos informais concelhios, que poderão accionar o apoio em parceria com a Autarquia. Estima-se que o desemprego atinja os 10% da população que se aproxima dos 150 cidadãos.

Grande parte dos proprietários dos estabelecimentos aderentes rejeita a divulgação pública no nome do seu restaurante. Uma das justificações, segundo fonte da Autarquia, prende-se com a protecção das famílias que ali se possam deslocar, garantindo-lhes o anonimato.

Fonte: JN




Restaurantes oferecem refeições a famílias carenciadas


Campanha Direito à Alimentação arranca em Lisboa, Entroncamento e Santa Maria da Feira

Vários restaurantes de Lisboa, Entroncamento e Santa Maria da Feira vão oferecer refeições diárias a quem mais necessita a partir de segunda-feira. A iniciativa insere-se na campanha Direito à Alimentação, lançada pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Alguns restaurantes daqueles três concelhos vão oferecer um número fixo de refeições semanais completas a famílias carenciadas, identificadas pelos serviços de acção social das autarquias.

«Os restaurantes não vão dar sobras, mas vão oferecer um número fixo de pratos solidários por dia, dentro das suas possibilidades», explicou à agência Lusa a porta-voz da campanha Direito à Alimentação, Fernanda Freitas.

«O pão custa zero, o prato custa zero, a sopa custa zero e a fruta custa zero. Ou seja, um prato do dia, não é uma sobra, em vez de ser vendido, é oferecido», explicou.

A campanha Direito à Alimentação, lançada pela AHRESP, inicia a sua fase piloto em Lisboa, Entroncamento e Santa Maria da Feira.

No Entroncamento, oito restaurantes vão disponibilizar cinco refeições por dia, todos os dias da semana, a dez famílias carenciadas. Em Santa Maria da Feira, 30 restaurantes vão disponibilizar cinco refeições diárias. A agência Lusa tentou obter o número de restaurantes que aderiram ao projecto e de famílias que seriam beneficiadas em Lisboa mas não obteve resposta.

«Nova pobreza é muito envergonhada»

Os departamentos de acção social das autarquias, em conjunto com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e de voluntariado, «fizeram um levantamento das pessoas mais necessitadas, dando prioridade às famílias com crianças, a idosos isolados e pessoas portadoras de alguma deficiência», afirmou Fernanda Freitas.

A porta-voz da campanha salientou que essa «lista» é fornecida aos restaurantes para não causar «constrangimento às famílias».

«Não há nada que identifique as pessoas como carenciadas. Apenas os restaurantes e as famílias sabem que aquele é um serviço solidário. As famílias chegam lá, identificam-se e recebem o apoio em take-away. Não queremos causar nenhum constrangimento às famílias. Esta nova pobreza é muito envergonhada e não queremos que se inibam de ir ao restaurante, nem que tenham um rótulo», explicou.

A ideia da campanha é, depois de algumas semanas desta fase piloto, fazer uma avaliação dos procedimentos de forma a melhorá-los e avançar para outros concelhos.

«O que queremos é criar uma plataforma de solidariedade a nível nacional», afirma Fernanda Freitas.

Por: Redacção / PB | 3- 4- 2011 10: 59


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