Monday, 24 December 2012

COZINHA COM ALMA

Cozinha com Alma. Um negócio com os ingredientes certos

 Por Isabel Tavares, publicado em 24 Dez 2012 - 03:10 
 
A funcionar há menos de um ano, o projecto pretende atingir as 100 pessoas em Março de 2013 e iniciar uma rede de franchising
 
A Cozinha com Alma abriu a primeira loja, provisória, em Fevereiro deste ano e o dia treze não foi, definitivamente, número de azar. Nasceu para defender uma causa e, quase um ano depois, já pensa em franchisar o negócio. Mas, antes de mais, quer consolidar o que já existe.
 
O projecto é bem diferente da ideia inicial das suas mentoras, Cristina Botton e Joana Castella. As duas são unânimes: para serem bem sucedidas foi fundamental “escutar, escutar, escutar”. Há muitos anos Cristina desafiou Joana para desenvolverem em conjunto uma espécie de “sopa dos pobres”. Na altura, pouco se falava em organizações desta natureza e menos ainda em empreendedorismo social. Foi preciso um ano a ouvir falar em fome e probreza envergonhada para Joana Castella achar que era o momento certo para avançar.
 
Acertaram agulhas, definiram conceitos e foram apresentar a ideia à então vereadora com o pelouro social da Câmara Municipal de Cascais, Mariana Ribeiro Ferreira, actual presidente do Instituto da Segurança Social. O objectivo era perceber se o projecto fazia sentido, se valia a pena.
 
E fazia. Mas as recomendações foram mais que muitas, não estivesse Mariana Ribeiro Ferreira habituada a ouvir falarcom entusiamo de mil e uma ideias que raramente – e por motivos diversos –, nunca saem do papel. “Deu-nos imensas directrizes, como não prestar serviços grátis. Ouvimos muitas pessoas, especialistas em várias áreas, aconselhámo-nos. O projecto foi evoluindo e o resultado é muito diferente da ideia inicial”, conta Cristina Botton para explicar que este processo foi fundamental para concretizar tudo.
 
Esta IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social nasceu para defender uma causa e não tem fins lucrativos, mas é gerida como uma empresa que quer ganhar dinheiro para reinvestir no negócio e poder ir alargando a sua ajuda a mais famílias.
 
O estudo de viabilidade económica apontava para um investimento inicial de 80 mil euros. As duas sócias não conseguiram reunir essa verba logo no início e, por isso, “em vez de quatro frigoríficos, comprámos dois, em vez de dois abatedores de temperatura comprámos um, etc”, diz Cristina. Hoje, o negócio de refeições prontas gera uma receita mensal de cerca de 15 mil euros e a Cozinha com Alma é uma empresa auto-sustentável. Desse montante sai o dinheiro para pagar os quatro empregados – chef, ajudante, cozinheira e responsável de loja –, ingredientes, embalagens, água, luz, gás...
 
voluntariado. “A Cozinha com Alma faz hoje 300 refeições diárias até às 11 da manhã e ajuda 18 famílias, num total de 54 pessoas”, diz Joana Castella com orgulho. É que as refeições prontas tem de estar na loja para serem adquiridas a partir do meio-dia e além disso é ainda necessário confeccionar as refeições dos bebés e do pessoal da creche onde a cozinha funciona, a contrapartida pedida pela Junta de Freguesia de Pampilheira para ceder o espaço ao projecto. Em Janeiro deverão ser já 75 pessoas pessoas com bolsa alimentar e em Março a empresa espera atingir as 100.
 
Nada disto seria possível sem a equipa de 60 voluntários, entre os 18 e os 82 anos, que todos os dias se dispõe tirar umas horas do seu tempo, mesmo quando parece tão escasso, para ajudar. Como é muita gente, há uma voluntária que tem a seu cargo a gestão de toda a equipa e a organização dos dias, horários e tarefas atribuídos a cada um. Depois, Cristina coordena mais directamente os voluntários ocupados da loja e Joana os que estão adstritos à cozinha.
 
Além disso, existem ainda os parceiros da Cozinha com Alma, empresas e amigos que ajudam com o que podem na medida das suas possibilidades. “Chegámos a fazer uma lista de casamento – conta Joana, divertida –, em que vinha desde a colher de pau ao abatedor de temperatura”. Mas, afinal, quem são as pessoas que a Cozinha com Alma apoia? As famílias são escolhidas pela Comissão Social de Freguesia e trata-se de “pessoas em idade activa, sobretudo com filhos menores a cargo, que estão numa situação temporariamente difícil e precisam de um balão de oxigénio para ultrapassar este período”, explica Joana Castella. O apoio traduz-se no fornecimento de refeições caseiras a preços muito baixos, fixado de acordo com três escalões que nada têm a ver com os da Segurança Social. O objectivo é exactamente chegar à classe média, onde não chegam as ajudas do Estado.
 
O escalão 1 paga um preço médio de 50 cêntimos por refeição, sopa e prato principal, o escalão 2 paga uma média de um euro e o escalão 3 paga 1,5 euros. Esses valores são carregados num cartão que vai sendo utilizado ao longo do mês.
 
Por exemplo, um agregado familiar de quatro pessoas, com um plafond máximo mensal de 35 euros, pode carregar o cartão com todo o valor de uma vez e ir abatendo ao longo de trinta dias até atingir o limite ou, se preferir, ir carregando ao longo do mês de acordo com as suas possibilidades ou necessidades.
 
Quando inicia este processo, a família responde a um inquérito, que é repetido seis meses depois, quando termina o período de apoio. “Aí, a Cozinha com Alma quantifica o impacto na melhoria de vida dessas pessoas e na resolução dos seus problemas. Saber se estamos no caminho certo ou se está tudo na mesma é importante, não queremos que esteja tudo na mesma”, explica Joana Castella.
 
E se não estiver? “Então, não se trata de uma família Cozinha com Alma, ou seja, é uma família que precisa de um apoio mais continuado e, para isso, existem programas de assistência social definidos pelo Estado. Por exemplo, temos muitos idosos a pedir bolsas sociais e a nossa família tipo não são idosos”, remata Cristina Botton.
 
O mesmo cartão que é utilizado pelas famílias com bolsa social pode também ser utilizado por qualquer cliente que não esteja ao abrigo das bolsas mas queira ali comprar as suas refeições prontas. Os preços, claro, esses são diferentes, mas ainda assim em conta. E na loja vende-se de tudo, sopas, diversos pratos de peixe e carne e sobremesas, tudo confeccionado pelo chef Nuno Simões.
 
Quem opta por cartão tem direito a brinde: com 50 euros recebe uma garrafa de vinho, com 100 euros uma garrafa de vinho mais cara e com 150 uma garrafa de vinho ainda melhor. O objectivo é estimular a compra do cartão, que vai abatendo à medida que o cliente vai efectuando as suas compras.
 
“O mais engraçado é que não sabemos distinguir os clientes e para qualquer pessoa é impossível saber se se trata de um bolseiro ou de um cliente normal”, diz Cristina Botton.
Para a Cozinha com Alma é fundamental que as pessoas que recorrem a esta ajuda não se sintam apontadas.
 
Joana Castella diz que, “no início algumas famílias vêm muito envergonhadas, porque pedem ajuda pela primeira vez. Há famílias que nos contam como é difícil o processo, até porque antes eram elas que doavam. É um acto de coragem da família. Depois, quando percebem como funciona o cartão e que não são reconhecidas por ninguém, ficam aliviadas e muito mais à vontade”.
 
Cristina diz que há duas ou três famílias muito envergonhadas, que entram de cabeça baixa, mas há também aquelas que se sentem aliviadas com a ajuda e entram na pequena loja quase a gritar que são bolsa. “Não nos cabe julgar os outros e temos de respeitar cada um”, afirma Cristina.
A loja tem frescos e congelados, pelo que é possível levar para toda a semana ou ir buscar diariamente acabadinho de fazer. O sistema é self-service e cada cliente é livre de levar os artigos que prefere. E também aceita encomendas e faz serviço de catering para particulares ou empresas.
Nesta altura, a cozinha é o principal problema da empresa: “começa a ser apertada para tanta comida e tanta gente. Uma vez mais, em conjunto com diversas entidades, estamos à procura de uma solução”, avança Cristina Botton.
 
O lema das duas sócias é dar um passo de cada vez, mas as ideias não páram de surgir. “Muita gente pergunta-nos porque não fazemos um horta, ou isto e aquilo. Não queremos dispersar e queremos envolver a comunidade. Primeiro temos de fazer bem feito, temos de consolidar”.
 
Mas 2013 poderá trazer grandes novidades. O objectivo é alargar a ajuda a outras freguesias, com Alcabideche e Estoril. Depois, criar um franchinsing. Antes disso, e já em Janeiro, avançam uma série de workshops, o primeiro dos quais em “independência financeira”, com a colaboração da ASFAC – Associação de Instituições de Crédito Especializado, que se ofereceu para seguir individualmente algum caso mais difícil. No final de Março surgirão outras sessões de coaching. “As pessoas têm de aprender a reinventar-se e a viver com esta nova realidade que é ter menos”, remata Crisitna Botton.
 

Tuesday, 30 October 2012

FAMÍLIAS CARENCIADAS NO ALGARVE PEDEM AJUDA À IGREJA



                                                        Famílias carenciadas aumentam no Algarve


Casais desempregados pedem ajuda à Igreja


O número de famílias com casais desempregados a pedirem ajuda às instituições ligadas à Igreja Católica, sobretudo para comerem, está a aumentar, alertou esta terça-feira Luís Galante, responsável por dois centros paroquiais no Algarve.

Além de recorrerem às cantinas sociais em que são disponibilizadas refeições gratuitamente, estas famílias têm também dificuldade em pagar as mensalidades das creches e lares de idosos, valências dos centros paroquiais.

"Temos muitas solicitações para beneficiarem das valências destes centros, que estão lotados", disse o diácono Luís Galante, que dirige instituições nas freguesias de Santa Bárbara de Nexe e Estoi, no concelho de Faro. Aquele responsável falava aos jornalistas à margem do I Encontro dos Centros Sociais Paroquiais do Algarve, promovido pela Pastoral Social Diocesana, e no qual marcaram presença 11 instituições da região.

Segundo Luís Galante, há muitos pedidos de ajuda de famílias para internar idosos no lar, mas não há lugares, havendo apenas ainda alguma margem para distribuir mais refeições, já que num dos centros a capacidade não está lotada.

"São pessoas desempregadas, muitas vezes famílias inteiras, com filhos na escola e quase sempre os dois membros do casal estão desempregados", ilustrou aquele responsável. O diácono assumiu a existência de famílias com dificuldades em pagar as mensalidades em atraso dos utentes dos lares ou infantários, situação que tem aumentado, mas assegurou que nunca ninguém deixou de ser atendido por falta de pagamento.

"Quando os pais estão desempregados, não sei se bem, se mal, mas eu chego a sugerir às pessoas que fiquem com os filhos em casa, é uma forma de se ocuparem, mas as pessoas também precisam do tempo para ir à procura de trabalho e nós continuamos a receber os filhos", afirmou.

Antevendo um ano de 2013 difícil, Luís Galante sublinhou não saber em que mais podem estes centros ajudar as famílias carenciadas, a não ser no aumento do número de refeições nas cantinas sociais. "É preciso ter quem ofereça, às vezes são restaurantes, outras vezes são escolas", disse, acrescentando que este tem de ser um trabalho em rede. A próxima reunião de responsáveis de centros paroquiais no Algarve deverá acontecer em abril de 2013.

Monday, 29 October 2012

BENTO XVI DEFENDE O DIREITO A NÃO EMIGRAR



                                                             Apelo do Papa aos governantes

Bento XVI defende "direito a não emigrar"


O papa defendeu esta segunda-feira "o direito a não emigrar" como um direito fundamental e convidou os governantes a fazerem tudo para que as populações permaneçam nos respectivos países.

 "Antes mesmo do direito de emigrar, é necessário reafirmar o direito a não emigrar, isto é, o de ficar na sua própria terra", sublinhou Bento XVI na mensagem para preparar a Jornada dos migrantes e refugiados, que será celebrada em Janeiro.

O papa recordou que "o direito da pessoa a emigrar está inscrito nos direitos humanos fundamentais" mas sublinhou a importância de ter "sob controlo os factores que empurram para a emigração".

Em vez de uma "peregrinação animada pela confiança, pela fé e pela esperança", "numerosas migrações são consequência da precariedade económica, da falta de bens essenciais, de catástrofes naturais, de guerras e de desordens sociais".

"Migrar torna-se então um calvário para sobreviver, onde homens e mulheres aparecem mais como vítimas do que como atores e responsáveis da sua aventura migratória", observa o papa. O papa denuncia ainda as consequências de tais situações para alguns, afirmando que "muitos vivem condições de marginalização e, talvez, de exploração e de privação dos seus direitos humanos fundamentais, ou ainda adoptam comportamentos prejudiciais para a sociedade no seio da qual vivem".

Das suas deslocações, do Líbano ao México e a África, o papa recorda a questão da emigração, considerando que destrói as famílias e enfraquece o tecido social. Foi assim que Bento XVI lançou em meados de Setembro no Líbano um apelo aos cristãos do Médio Oriente para permanecerem, apesar dos conflitos e das dificuldades económicas.

Thursday, 27 September 2012

COIMBRA UNIDA CONTRA A POBREZA



Pobreza. Coimbra quer angariar o máximo de verbas para fundo de apoio a doentes crónicos carenciados

Por Agência Lusa, publicado em 27 Set 2012 

A Plataforma ODM – Coimbra Unida contra a Pobreza vai realizar em Outubro um programa de atividades em que pretende recolher verbas para o seu fundo de apoio a doentes crónicos carenciados, foi hoje revelado.

Reunida hoje em assembleia geral, a plataforma, que congrega 37 organizações da cidade, decidiu realizar grande parte do seu plano de atividades entre 13 e 17 de outubro, e nelas "tentar angariar o máximo de dinheiro para apoiar os doentes crónicos carenciados”, no âmbito do fundo contra a pobreza que lhes é destinado, disse à agência Lusa Ana Rito Brito, do secretariado executivo.

O plano de atividades será divulgado apenas em sessão marcada para as 15:00 de segunda-feira na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, tendo Ana Rito Brito referido que já se encontram em curso duas iniciativas: o referido fundo e um concurso de fotografia e vídeo sobre a temática da pobreza, cujo prazo foi alargado para o início de Outubro.

No âmbito do fundo, que apoia doentes selecionados por um agrupamento de centros de saúde, foram já auxiliados, no ano passado, oito pacientes, nomeadamente através do pagamento de dívidas nas farmácias, adiantou.

Desde o início de setembro, 24 mealheiros colocados em farmácias de Coimbra recolhem, até ao final de outubro, donativos que se destinam igualmente ao fundo, adiantou a representante da Associação Saúde em Português no secretariado executivo da Plataforma ODM na Cidade.

Sensibilizar a comunidade para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, nomeadamente para o primeiro, de redução da pobreza e da fome em 50% até 2015, são metas do projeto, agora a realizar a sua terceira edição em Coimbra.

Em Março passado, a plataforma anunciou a intenção de realizar este ano uma marcha contra a pobreza e uma feira solidária, entre outras ações.

Tuesday, 28 August 2012

RÁDIO RENSCENÇA: QUO VADIS?


A RR, de novo - por Nuno Serras Pereira


Duas mães em sobressalto, uma psicóloga outra professora de ética, desabaram sobre mim as suas grandes preocupações sobre um programa de um canal televisivo, intitulado dancin’ days, patrocinado, segundo elas, pela Rádio Renascença (RR), e que parece estar a ter muito sucesso entre adolescentes e jovens.

Entre outras coisas relataram-me que havia um pai e um filho que partilhavam a mesma amásia, e também que os ditos episódios televisivos advogavam perversamente a homossexualidade.

Não saberei dizer se os meus amigos se recordam dos tempos em que a (RR), propriedade do Episcopado português, era Católica. Eu que sou (pelo menos mentalmente) contemporâneo de Matusalém, ainda me lembro. 

A mim parece-me que, embora já houvesse claros sinais de degradação, a machadada fatal na sua identidade ocorreu quando a RR contribuiu activamente para a vitória do “sim” à liberalização do aborto aquando do último referendo. Desde então a sua putrefacção nauseabunda, disfarçada com o perfume de alguns programas bem cheirosos, tem vindo a alastrar. Trata-se de um quase cadáver coberto de gangrenas. 

28. 08. 2012

Thursday, 2 August 2012

EL ABORTO POR MALFORMACIÓN


El aborto por malformaciones es una práctica nazi.

30.07.12 | 12:20. Archivado en Magdalena del Amo
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El aborto por malformaciones es una práctica eugenésica nazi que no va a ser posible a partir del otoño, fecha en la que el Gobierno contempla reformar la infanticida ley de plazos de Zapatero-Aído. Lo primero que nos viene a la mente es que Gallardón es valiente por atreverse a derogar una ley, muy bien vista por todos los movimientos progres del mundo, respaldados por asociaciones y fundaciones que hacen gala de una filantropía, que no es tal. Pero tras este primer pensamiento positivo hacia las buenas intenciones del Ministro, aparece la duda, y después la nada. Y para avivar mi decepción razonada y fundada, empiezan a llegarme correos de aquí y de allá, de unos y de otros y la esperanza queda “nanotizada” en el baúl de las ilusiones incumplidas. Nadie de los míos le ha creído.
Cuando escribí el artículo anterior sobre el aborto, el Ministro aún no había pronunciado las polémicas palabras sobre la nueva ley, que no contemplará el supuesto de la eugenesia, es decir, el aborto por malformaciones. Por eso no hice ninguna alusión al respecto, limitándome a reclamarle al Partido Popular que pusiese coto a los 9.000 abortos que se realizan en España cada mes, y para colmo, con cargo a nuestros impuestos.
Si el ministro Gallardón pretendía el efecto cortina de humo, como señalan algunos malpensados, es difícil saber si consiguió el objetivo, tal como están las cosas de la economía. Si el fin era pulsar la opinión de la calle, tampoco sé si le habrá servido de mucho. Los de siempre, a favor, y los otros, en contra. Si pretendía un acercamiento a la parte más conservadora del PP, ahora que a Rajoy le huele la cabeza a pólvora, su gozo en un pozo, porque nadie de la derecha clásica le cree. Hacen falta más que palabras para quitarse ese barniz de chico de derechas, progre, medio socialista, de Polanco q.e.p.d., de Prisa, en definitiva. Y si eran titulares lo que buscaba, para estar en el candelero, lo consiguió con creces. Le faltó tiempo a la izquierda para tirarse a la yugular y activar su agitprop clásico azuzando a las mujeres a oponerse contra lo que consideran una vuelta treinta años atrás. Ignoran que las prácticas en esta materia en nuestra sociedad moderna y tecnológica es una vuelta a la barbarie, a la etapa en la que a los niños enclenques se les mataba. En Esparta, por poner un ejemplo, a los recién nacidos, de complexión débil, se los arrojaba desde el monte Taigeto. Eliminar a los más débiles o malformados, no es ni avanzado ni progresista. Es una salvajada.
Hace unos días llamó una mujer a un programa de radio para quejarse de la reforma que pretende hacer Gallardón. Contó que había tenido dos gemelos con una afección de corazón y que habían sufrido mucho hasta que fallecieron, uno de chiquito y otro con dieciocho años. Argüía que, “claro, en esos tiempos no había estas facilidades”. Solo le faltó decir que sentía no haberlos matado antes de nacer. Me dio pena, una pobre víctima de los ideólogos de la Cultura de la Muerte. Sin embargo, muchas personas que han tenido niños normales y después les ha llegado uno con síndrome de Down, los ha hecho tan felices que lo han considerado como un regalo de Dios y no han dejado de darle gracias porque les había hecho crecer como personas. Sobre esto existe una abundante casuística. Ahora bien, la gran preocupación de estos padres es la incertidumbre cuando ellos falten. Por eso, hay que instar a los estados a que desarrollen políticas sociales para la ayuda de estas familias y la atención de estos niños, con la misma dignidad y los mismos derechos que sus congéneres sanos.
El supuesto que permite abortar en caso de malformaciones tampoco es algo nuevo. Las leyes nazis obligaban a eliminar a los imperfectos, nacidos y no nacidos. Miles de niños fueron exterminados en virtud de unas leyes en cuya redacción habían participado sesudos juristas, asesorados por científicos alemanes estadounidenses. Tras el proceso de Nuremberg, la palabra “eugenesia” quedó tan contaminada ante la opinión pública, que durante más de dos décadas se mantuvo solapada y nadie se atrevió a hablar del tema, salvo en algunos foros restringidos. Pero se seguía investigando y trabajando en silencio esperando que la sociedad fuera olvidando lo ocurrido en Alemania, para volver a implantar la eliminación forzosa de las “vidas sin valor”.
Los estados materialistas que ven al ser humano como un instrumento de producción y consumo, arreglan estas situaciones cortando por lo sano. Si sólo se permite que vean la luz las personas sanas y se evitan los aquejados de síndrome de Down, de Edwards o de Patau, anencefalia, parálisis cerebral y las diversas afecciones que engrosan los manuales de diagnóstico, el Estado se ahorra un buen puñado de euros al año. Algunas naciones, incluso, impiden que nazcan bebés sanos a causa de las políticas de control de población, léase China. Y si hablamos del estado del bienestar, todo debe ser alegría, consumo y confort y no hay sitio para los sufrientes.
El tercer supuesto de la ley de 1985 permite el aborto hasta la semana 22. Con este tiempo, el bebé en gestación ya es viable. La prueba de amniocentesis se realiza a muchas mujeres a partir de los treinta y cinco años, pero, por razones estrictamente utilitaristas, esta práctica se está extendiendo a las mujeres de todas las edades. En España, en la sanidad pública se aborda el tema con toda su crudeza prescindiendo de eufemismos esta vez, y se habla abiertamente de cribado prenatal de cromosomopatías fetales. Ante la duda, aborto. Ese es el protocolo. Salvo personas íntegras con una idea clara de su papel en esta vida y la del posible hijo malformado, que ni siquiera se someten a la prueba, lo normal en estos tiempos es que si el niño que se espera no es perfecto, se elimine.
El aborto por malformaciones es aún más traumático y tiene mayores consecuencias psicológicas para la mujer, porque el sentimiento de culpa suele ser mayor. Por otro lado, al haber un plazo mayor de gestación, los vínculos entre madre e hijo son mayores y esto hace que las secuelas post aborto se agudicen.
___________________
Por Magdalena del Amo
Periodista y escritora, pertenece al Foro de Comunicadores Católicos.
Directora y presentadora de La Bitácora, de Popular TV
Directora de Ourense siglo XXI

Sunday, 10 June 2012

IL CASO EMANUELA ORLANDI

WHO WAS BEHIND EMANUELA'S KIDNAP AND MURDER? WHY WAS ENRICO DE PEDIS BURIED IN A CRYPT NEXT TO CARDINALS' TOMBS?



The Catholic Church’s leading exorcist priest has sensationally claimed a missing schoolgirl thought to be buried in a murdered gangster’s tomb was kidnapped for Vatican sex parties.
Father Gabriel Amorth, 85, who has carried out 70,000 exorcisms, spoke out as investigators continued to examine mobster Enrico De Pedis’s tomb in their hunt for Emanuela Orlandi.
Last week police and forensic experts broke into the grave after an anonymous phone call to a TV show said the truth about Emanuela’s 1983 disappearance would be ‘found there’.
And although bones not belonging to the mobster were recovered they have not yet been positively identified as hers.
However Father Amorth, in an interview with La Stampa newspaper, said: ‘This was a crime with a sexual motive.
‘It has already previously been stated by (deceased) monsignor Simeone Duca, an archivist at the Vatican, who was asked to recruit girls for parties with the help of the Vatican gendarmes.
‘I believe Emanuela ended up in this circle. I have never believed in the international theory (overseas kidnappers). I have motives to believe that this was just a case of sexual exploitation.
‘It led to the murder and then the hiding of her body. Also involved are diplomatic staff from a foreign embassy to the Holy See.’
Today there was no immediate response from the Vatican to Father Amorth’s claims.
But Vatican officials insisted they had always co-operated with the investigation into Orlandi’s disappearance – a claim that her brother has often disputed.
Father Amorth is a colourful figure who in the past has also denounced yoga and Harry Potter as the ‘work of the Devil’. He was appointed by the late Pope John Paul II as the Vatican’s chief exorcist.
It is not the first time Father Amorth has raised eyebrows with his forthright views – two years ago he said sex scandals rocking the Catholic Church were evidence ‘the Devil was at work in the Vatican.’
In 2006, Father Amorth, who was ordained a priest in 1954, gave an interview to Vatican Radio in which he said Nazi leader Adolf Hitler and Russian dictator Josef Stalin were possessed by the Devil.
According to secret Vatican documents recently released the then wartime Pope Pius XII attempted a ‘long distance exorcism’ of Hitler but it failed to have any effect.
Charismatic mobster De Pedis, leader of a murderous gang known as the Banda della Magliana, was gunned down aged just 38, by members of his outfit after they fell out.
Detectives investigating the disappearance of Emanuela Orlandi, 15, in 1983, believe De Pedis is linked to her kidnap and the body of the Vatican employee’s daughter has never been found.
Last month the diocese of Rome, on orders from the Vatican, granted investigators permission to open up the tomb in the Sant’Apollinare basilica close to Piazza Navona in the centre of Rome.
At the time of his funeral there were raised eyebrows when despite his criminal past church chiefs allowed De Pedis to be buried in the crypt of Sant’Apollinare.
At the time it was said the burial was given the go ahead because prison chaplain Father Vergari told bishops that De Pedis had ‘repented while in jail and also done a lot of work for charity,’ including large donations to the Catholic Church.
De Pedis, whose name on the £12,000 tomb is spelt in diamonds, was buried in Sant’Apollinare church after he was gunned down in 1990 in the city’s famous Campo De Fiori.
He and his gang controlled the lucrative drug market in Rome and were also rumoured to have a ‘free hand’ because of their links with police and Italian secret service agents.
The disappearance of Orlandi reads like the roller coaster plot of a Dan Brown Da Vinci Code thriller with a touch of The Godfather thrown in for good measure.
Twelve years ago a skull was found in the confessional box of a Rome church and tests were carried out on it to see if it was Orlandi after a mystery tip off but they proved negative.
In 2008 Sabrina Minardi, De Pedis girlfriend at the time of Orlandi’s disappearance, sensationally claimed that now dead American monsignor Paul Marcinkus, the controversial chief of the Vatican bank, was behind the kidnap.
Monsignor Marcinkus used his status to avoid being questioned by police in the early 1980′s probing the collapse of a Banco Ambrosiano which the Vatican had invested heavily in.
The collapse was linked to the murder of Roberto Calvi dubbed God’s Banker because of the Vatican links and his body was found hanging under Blackfriars Bridge in London in June 1982.
His pockets filled with cash and stones and it was originally recorded as a suicide but police believe he was murdered by the Mafia after a bungled money laundering operation.
At the same time as Minardi made her claim a mystery caller to a missing person’s programme on Italian TV said the riddle of Orlandi’s kidnap would be solved ‘if De Pedis tomb was opened’.
Following Minardi claims the Vatican took the unusual step of speaking publicly and dismissed her claims about American Monsignor Marcinkus, who died in Arizona four years ago.

FATHER GABRIEL AMORTH SAYS EMANUELA WAS A VICTIM OF SEX ABUSES BY VATICAN POLICE


Emanuela Orlandi 'was kidnapped for sex parties for Vatican police'

Father Gabriele Amorth, who was appointed by the late John Paul II as the Vatican's chief exorcist and claims to have performed thousands of exorcisms, said Emanuela Orlandi was later murdered and her body disposed of.

In the latest twist in one of the Holy See's most enduring mysteries, he said the 15-year-old schoolgirl was snatched from the streets of central Rome in the summer of 1983 and forced to take part in sex parties.
"This was a crime with a sexual motive. Parties were organised, with a Vatican gendarme acting as the 'recruiter' of the girls.
"The network involved diplomatic personnel from a foreign embassy to the Holy See. I believe Emanuela ended up a victim of this circle," Father Amorth, the honorary president of the International Association of Exorcists, told La Stampa newspaper.
The debate over who kidnapped Emanuela and what became of her has raged in Italy for three decades.

UN CAPO DE LA MAFIA SEPULTADO EN LA CRIPTA AL LADO DE SAN APOLINAR. DUNDE ESTA EMANUELA ORLANDI?



Enrico de Pedis, uno de los capos de la sangrienta banda de la Magliana, yace muerto tras ser tiroteado junto al Campo dei Fiori en febrero de 1990.

Enrico De Pedis murió como vivió, a tiros, en un callejón del Campo de' Fiori, el 2 de febrero de 1990, a los 35 años, después de haber sido uno de los últimos capos de la banda de la Magliana, un atajo de malhechores que desde mediados de los setenta controlaba los bajos fondos de la ciudad de Roma. Nadie se acordaría de Renatino —su nombre de guerra— si no fuera porque, en el año 2005, durante la emisión de un programa de la televisión italiana dedicado a buscar a personas desaparecidas, se recibió una misteriosa llamada:

—Si queréis saber más sobre Emanuela, mirad en la tumba de De Pedis…

Aquella noche, el programa Chi l'ha visto, una especie de Quién sabe dónde a la italiana, repasaba por enésima vez los detalles de la desaparición de Emanuela Orlandi, de 15 años, hija de un empleado del Vaticano. La última vez que la vieron fue a las siete de la tarde del miércoles 22 de junio de 1983, tras salir de clase de música, junto a la romana basílica de San Apolinar, a solo unos metros de la plaza Navona. Su familia empapeló la ciudad con su retrato en blanco y negro: “Pelo negro, largo y lacio. Pantalón vaquero y camisa blanca. Zapatillas de gimnasia. 1,60 de estatura…”. Unas horas después, en la ciudad del Vaticano se empezaron a recibir llamadas de los supuestos secuestradores. Un varón que hablaba italiano con acento anglosajón pedía la liberación del turco Alí Agca, quien dos años había atentado contra el papa Juan Pablo II en la plaza de San Pedro. Las extrañas y muy escurridizas llamadas telefónicas —hubo hasta 16 y ninguna pudo ser grabada por la policía— desaparecieron un día y jamás se supo si detrás de su secuestro estaba realmente el terrorismo internacional o las siempre turbias cuentas del Vaticano. Justo un año antes había estallado el escándalo del Banco Ambrosiano, una de cuyas habilidades consistía en lavar el dinero de la Mafia o de la logia masónica P-2. ¿Qué viejas y sucias cuentas se estaban tratando de ajustar a través del sufrimiento de la muchacha Orlandi? En 2005, nada más y nada menos que 22 años después, el programa de televisión seguía buceando en la oscuridad más absoluta cuando una llamada entró en antena:

“Si queréis saber más sobre Emanuela, mirad en la tumba de De Pedis…”,dijo una voz misteriosa en televisión

Pero, ¿dónde estaba enterrado De Pedis? Tras algunas investigaciones, saltó el escándalo. Si bien el criminal había muerto como había vivido, a sangre y fuego, su último reposo lo había encontrado en la exquisita paz de la basílica de San Apolinar. La conmoción fue general: el capo De Pedis compartía cripta con cardenales de la Iglesia. Su sepultura fue autorizada por el entonces rector de la basílica, monseñor Piero Vergari, con un texto que no tiene desperdicio: “Se certifica que el señor Enrico De Pedis, nacido en Roma-Trastevere el 15/05/1954 y fallecido en Roma el 2/2/1990, ha sido un gran benefactor de los pobres que frecuentaban la basílica y ha ayudado concretamente a muchas iniciativas de bien patrocinadas en estos últimos tiempos, tanto de carácter religioso como social. Ha dado contribuciones particulares para ayudar a los jóvenes, interesándose sobre todo por su formación cristiana y humana…”.

No parece que los jóvenes de la banda de la Magliana —retratados por Giancarlo de Cataldo en su obra Una novela criminal (publicada en España por Roca)— lograran a través de su formación “cristiana y humana” hacerse con el control de la delincuencia de Roma y colaborar, a ratos, con la Mafia y con las cloacas del Estado, pero a pesar de eso —o tal vez por ello— el entonces presidente de la Conferencia Episcopal italiana, cardenal Ugo Poletti, dio el plácet. Ahora se ha sabido —según declaraciones de una fuente del Vaticano a la agencia de noticias Ansa— que la viuda del capo pagó mil millones de liras (unos 450.000 euros) al cardenal Poletti por una tumba para su santo. El caso es que De Pedis sigue enterrado a San Apolinar, a solo unos metros del lugar donde la joven Orlandi fue vista por última vez…

Desde hace años, la familia de la muchacha pide ayuda al Papa para que la Iglesia cuente todo lo que sabe. Ha reunido más de 80.000 firmas y, por fin, ha logrado que la fiscalía de Roma autorice la apertura de la tumba del capo, para comprobar si junto a sus restos están también escondidos los de la muchacha. El portavoz del Vaticano, Federico Lombardi, insiste una y otra vez en que no dispone de datos ocultos e intenta defender la actuación de Juan Pablo II que “hasta en ocho ocasiones hizo llamamientos públicos a favor de la liberación de Emanuela”. Sin embargo, las huellas, aunque cada vez más débiles, siguen aproximándose al otro lado del Tíber. En junio de 2008, una antigua novia de Enrico De Pedis recuperó extrañamente la memoria y contó algunos de los pasajes de su vida con el capo. Muchas de las cosas que dijo no tenían ni pies ni cabeza, y así se demostró, pero otras resultaron muy llamativas. Contó, por ejemplo, que ella acompañó a De Pedis a deshacerse del cadáver de la muchacha a las afueras de Roma. No solo aportó la marca y el color del vehículo presuntamente utilizado en el secuestro —un BMW 745i gris oscuro—, sino que aseguró que se encontraba en un garaje subterráneo cercano a Villa Borghese. Los policías —seguramente sin mucha convicción— se acercaron y… allí estaba, 18 años después de la muerte del capo. Al indagar sobre el vehículo se descubrió que el primer dueño fue un empresario relacionado con el Banco Ambrosiano….

—Si queréis saber más sobre Emanuela, mirad en la tumba de De Pedis…

Desde hace años, la familia de la muchacha pide ayuda al Papa para que la Iglesia cuente todo lo que sabe del caso
La voz anónima que aquella noche de 2005, en un programa de televisión, volvió a resucitar el caso Orlandi tenía acento italiano. Pero la que, en 1983, llamó 16 veces al Vaticano atribuyéndose la autoría del secuestro lucía un deje anglosajón. Nunca pudo ser analizada porque su dueño logró siempre burlar las grabadoras policiales. Aquella voz se conoció como “la del americano” y se especuló con que fuera la del poderoso cardenal Paul Marcinkus, el banquero de Dios, fallecido en 2006 en Arizona, tan lejos de Roma. Una ciudad misteriosa donde un capo cabalga hacia el infierno escoltado por cardenales.

ETTORE TEDESCHI E O DINHEIRO SUJO DO VATICANO


Bento XVI fala com Ettore Tedeschi no Vaticano em 2011

O homem que descobriu o dinheiro sujo do Vaticano


O economista Ettore Tedeschi temia que alguém com poder no Vaticano mandasse matá-lo, avança o jornal "El País", e por isso preparou um enorme dossiê com provas sobre o branqueamento de capitais no banco daquele Estado religioso. Caso apareça morto, todo esse trabalho será entregue a um conjunto-chave de pessoas.

diário espanhol nomeia a lista de pessoas que deverão receber o meticuloso conjunto das alegadas provas dos crimes do Vaticano: a dois amigos pessoais, um advogado, um jornalista e, por fim, ao Papa.

São e-mails, fotocópias de agendas, anotações que, segundo Ettore Tedeschi, servirão para provar por que motivo falhou a sua missão no Instituo de Obras Religiosas. Na sua investigação, descobriu a circulação de dinheiro sujo de empresários, políticos e chefes da Máfia.

O Vaticano teme agora que o relatório de Ettore Tedeschi venha a público e já ameaçou as autoridades italianas de que, caso tais documentos não sejam retirados da posse do economista, que todos terão que responder perante os seus tribunais.

Além dos casos de fraude, lavagem de dinheiro e corrupção, do atual escândalo que envolve o Vaticano também fazia parte um suposto plano para eliminar Bento XVI.

Recorde-se que, no passado dia 25 de maio, o mordomo do Papa, Paolo Gabriele, foi detido sob suspeita de roubo de documentos e correspondência papal.

Entretanto, os inimigos de Ettore Tedeschi já questionaram a saúde mental do economista e pediram a realização de uma avaliação psicológica.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2601318&page=-1

Thursday, 7 June 2012

BISHOP FELLAY TALKS ABOUT THE RECENTE DEVELOPMENTS IN THE NEGOTIATIOSN WITH THE VATICAN

SSPX leader: "We do not have to accept the whole of Vatican II"
By CINDY WOODEN on Thursday, 7 June 2012

The leader of the traditionalist Society of St Pius X has said talks with the Vatican demonstrate that “Rome no longer makes total acceptance” of the teachings of the Second Vatican Council a condition for his group’s full reconciliation with the Church.
Accepting the Council’s teaching is no longer “a prerequisite for the canonical solution” of the status of the society, according to Bishop Bernard Fellay, superior general of the SSPX.
In an interview published today on the society’s news site,www.dici.org, Bishop Fellay said it was the Vatican that approached the society, and not the society that went to the Vatican, asking to begin the talks.
“So the attitude of the official Church is what changed; we did not,” he said. “We were not the ones who asked for an agreement; the Pope is the one who wants to recognise us.”
In 2009, Pope Benedict XVI lifted the excommunications that had been incurred by Bishop Fellay and other SSPX bishops when they were ordained without papal permission 11 years earlier. Also in 2009, the Pope established a Vatican committee to hold doctrinal talks with society representatives.
In September 2011, the Vatican gave Bishop Fellay a “doctrinal preamble” outlining “some doctrinal principles and criteria for the interpretation of Catholic doctrine necessary to guarantee fidelity” to the formal teaching of the Church. Neither the Vatican nor the SSPX has made the text public, but the Vatican said it leaves room for “legitimate discussion” about “individual expressions or formulations present in the documents of the Second Vatican Council and the successive magisterium” of the Church.
Bishop Fellay submitted his first response to the document in March, but the Congregation for the Doctrine of the Faith, with the approval of Pope Benedict, defined it as “insufficient”. The bishop gave the Vatican his second response in April and, as of June 7, it was still under study at the Vatican.
In the interview on the SSPX website, Bishop Fellay said: “We are still not in agreement doctrinally, and yet the Pope wants to recognise us. Why? The answer is right in front of us: there are terribly important problems in the Church today.”
The reconciliation talks, he said, are a sign that the Catholic Church has begun to recognise it needs to recover traditions and traditional teaching eclipsed by the Second Vatican Council. If the SSPX were to reconcile fully with the Church, Bishop Fellay said, its members would continue to denounce “doctrinal difficulties” in the Church, but would do so while also providing “tangible signs of the vitality of tradition” in its growing membership and vocation rate.
Speaking to members of the SSPX who are wary of reconciliation, Bishop Fellay said “one of the great dangers is to end up inventing an idea of the Church that appears ideal, but is in fact not found in the real history of the Church”.
“Some claim that in order to work ‘safely’ in the Church, she must first be cleansed of all error. This is what they say when they declare that Rome must convert before any agreement, or that its errors must first be suppressed so that we can work,” he said.
But the reality of the Church’s history shows that “often, and almost always, we see that there are widespread errors” and that God calls holy men and women to work within the Church to correct the errors, Bishop Fellay said.
“We are being asked to come and work just as all the reforming saints of all times did,” he said.
Bishop Fellay said he did not have a timetable for the conclusion of the talks. “There are even some who say that the Pope will deal with this matter at [the papal summer villa in] Castel Gandolfo in July.”

Sunday, 13 May 2012

FÁTIMA 13 DE MAIO 2012 - "MILAGRE DO SOL?"


"MILAGRE DO SOL" VOLTA A EMOCIONAR PEREGRINOS

                                         Celebração da missa do 13 de Maio em Fátima 
Fotografia © António Gomes Global Imagens
Por Paula Carmo

O fenómeno é explicado por meteorologistas mas os fiéis acreditam em mão divina."Olhei para o sol e vi. Foi bom, significa muita coisa e é um sinal", diz Palmira Dias, enquanto enxuga o suor do rosto. Esta peregrina de Ovar, 67 anos, que se deslocou ontem ao santuário de Fátima "para renovar a fé"assistiu, tal como a multidão a perder de vista naquele recinto da Cova de Iria, ao fenómeno do sol que a muitos comove.

A auréola em volta do sol, mais ténue do que no ano passado, também deixou marcas em Olinda Vieira, a costureira da Póvoa de Lanhoso que até já aguardava, olhos fixos no céu, por este momento. "Foi menos luminoso do que o ano passado, mas, mesmo assim tem grande impacto", enfatiza ao DN. A ciência meteorológica explica o fenómeno como uma refração dos raios solares em partículas de gelo das nuvens. Certo é que a emoção dos peregrinos acompanha-os até casa no regresso de mais uma peregrinação internacional aniversária, dos dias 12 e 13 de Maio.

As celebrações, que mobilizou 149 profisisonais da comunicação social de 11 países, mobilizaram "mais de 300 mil peregrinos", segundo a GNR. Uma enchente, que se traduz, por exemplo, em mais de 31 toneladas de velas queimadas. Estes números oficiais, fornecidos pelo santuário, dizem respeito ao líquido de cera que saiu do tocheiro (local onde se colocam as velas a arder) desde o início oficial da peregrinação até ao meio-dia de ontem. O normal, no período homólogo, é de 15 toneladas.

A missa que encerrou as celebrações contou com a presença de 265 padres, 22 bispos e foi presidida pelo cardeal italiano Gianfranco Ravasi. O presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, na homilia, exortou os católicos para que se passe das palavras aos atos a fim de ajudar os mais pobres. "Não dcevemos ter medo de sujar as mãos, ajudando os miseráveis da terra: para que servirá ter as mãos limpas, se as temos no bolso?".

O cardeal foi aplaudido pela impressionante moldura humana duas vezes: quando lembrou palavras da Irmã Lúcia e quando assumiu que, chegado a Roma, olhando para a sua janela "que dá para a basílica e a cúpula de São Pedro e para a residência do Papa Bento XVI, do qual sou colaborador, confiarei a Deus o nosso encontro".

Na mensagem final, o bispo da diocese de Leiria-Fátima, António Marto, destacou a "multidão imensa" no recinto, numa "policromia verdadeiramente admirável e emocionante". As cerimónias terminaram com a tradicional procissão do adeus, momento em que a imagem da Virgem de Fátima saiu do altar no andor enfeitado com rosas brancas para a Capelinha das Aparições. Milhares de peregrinos acenaram com lenços brancos. Aguentaram horas a fio o calor, ficando num impressionante silêncio a escutar a eucaristia.

Tamanha afluência provocou, logo a seguir às 13.00, hora do fim da missa, uma corrida aos parques de estacionamento e ao gigantesco parque de campismo improvisado em redor do recinto da Cova de Iria. A partir das 16.00 horas, a maioria dos autocarros começavam a abandonar o recinto. Na A1, sobretudo no sentido sul/norte, formaram-se filas compactas de veículos.


MONSIGNORE FELLAY: "NON POSSO ESCLUDERE UMA SCISSIONE NELLA FRATERNITÀ"



Mons. Bernard Fellay (nella foto), Superiore generale della Fraternità San Pio X, nel corso di un’intervista al Catholic News Service, ripreso dal britannico Catholic Herald, fa il punto della situazione dei rapporti non solo con Roma, ma anche all’interno della Fraternità dove, come è ormai di pubblico dominio (e lo scambio di lettere tra lui e gli altri tre vescovi non è che conferma di quanto si sapeva da tempo) le resistenze ad ogni tipo di riconciliazione sono fortissime.

"Ci sono alcune divergenze nella Fraternità," ha riconosciuto mons. Fellay, aggiungendo perfino: "Non posso escludere che ci possa essere una scissione."

Ma il vescovo ha difeso la sua posizione in generale favorevole verso l’offerta del Vaticano, a dispetto delle obiezioni dei suoi confratelli.

"Penso che la mossa del Santo Padre – perché proviene davvero da lui – sia autentica. Non sembra esserci alcuna trappola" ha detto. "Per cui dobbiamo esaminarla con attenzione e se possibile andare avanti."

Ha avvertito, tuttavia, che le due parti ancora non sono arrivate a un accordo, e che sono ancora in sospeso garanzie non meglio specificate da parte del Vaticano. Le garanzie sono relative tra l’altro alle pratiche liturgiche e agli insegnamenti tradizionali della Fraternità, ha aggiunto.

"La cosa non è ancora definita" ha detto il vescovo. "Abbiamo bisogno di qualche ragionevole chiarimento che la struttura e le condizioni proposte siano praticabili. Non intendiamo commettere un suicidio su questo, ciò sia molto chiaro".

Mons. Fellay ha insistito sul fatto che l'impulso per una risoluzione proviene da Papa Benedetto XVI.

"Personalmente, avrei voluto aspettare ancora per qualche tempo per vedere le cose più chiaramente" ha detto, "ma ancora una volta sembra davvero che il Santo Padre voglia che accada ora."

Mons. Fellay ha parlato con apprezzamento di ciò che ha definito come gli sforzi del Papa per correggere deviazioni "progressiste" dalla dottrina cattolica e dalla tradizione fin dal Vaticano II. "Molto, molto delicatamente – il Papa cerca di non rompere le cose - ma cerca anche di effettuare alcune importanti correzioni," ha detto il vescovo.

Anche se non è arrivato ad avallare l'interpretazione di Benedetto sul Vaticano II come essenzialmente in continuità con la tradizione della Chiesa – una posizione che molti nella FSSPX hanno contestato ad alta voce – mons. Fellay ha parlato di quell'idea in termini particolarmente simpatetici.

"Io spererei di sì" ha risposto alla domanda se il Vaticano II stesso appartiene alla tradizione cattolica.

"Il Papa dice che… il Concilio deve essere considerato all'interno della grande Tradizione della Chiesa, deve essere compreso in conformità con essa. Queste sono dichiarazioni su cui siamo pienamente d'accordo, totalmente, assolutamente", ha detto il vescovo. "Il problema potrebbe essere nell'applicazione, vale a dire: è ciò che accade realmente in coerenza o in armonia con la Tradizione?"

Insistendo che "noi non vogliamo essere aggressivi, non vogliamo essere provocatori", mons. Fellay ha detto che la FSSPX è servita come un "segno di contraddizione" durante un periodo di crescente influenza progressista nella Chiesa. Ha anche riconosciuto la possibilità che il gruppo continui a svolgere un tale ruolo anche dopo la riconciliazione con Roma.

"Alcuni ci danno il benvenuto ora, altri lo faranno in seguito, ed altri mai", ha detto. "Se vediamo alcune divergenze all'interno della Fraternità, sicuramente ce ne sono anche nella Chiesa cattolica."

"Ma non siamo soli" a lavorare per "difendere la Fede", ha detto il vescovo. "È il Papa stesso che lo fa. E’ il suo lavoro. E se noi siamo chiamati ad aiutare il Santo Padre in questo, così sia."