Sunday, 13 March 2011

GIBSON PROJECTOU "A PAIXÃO DE CRISTO" PARA A IRMÃ LÚCIA


Realizador projectou 'A Paixão de Cristo' para a irmã Lúcia

08 Março 2005

Mel Gibson exibiu o seu filme A Paixão de Cristo à irmã Lúcia, quando a visitou pela primeira vez no Carmelo de Coimbra, no ano passado, durante a Quaresma, de acordo com a Catholic News Agency americana.

A projecção surgiu na sequência do pedido de uma jovem portuguesa a um seu conhecido, empregado voluntário da Icon Productions, a produtora de Gibson, para que ele tentasse mexer cordéis na empresa e organizar uma sessão de A Paixão de Cristo no convento onde Lúcia viveu grande parte da sua vida em reclusão.

Após quase 100 mensagens de correio electrónico e vários telefonemas, a projecção foi finalmente organizada, apesar de haver problemas técnicos as freiras do Carmelo de Coimbra têm apenas um pequeno televisor e nenhum auditório, e o filme ainda nem sequer tinha sido editado em DVD ou em vídeo.

Assim, foi improvisada uma sala de projecções no convento, com um ecrã portátil de grandes dimensões e uma coluna de som, entre outros, cujos custos saíram do bolso do próprio Gibson. Esta operação terá custado ao actor e realizador cerca de 20 mil dólares (aproximadamente 18 mil euros).

A projecção foi mantida secreta porque Mel Gibson temia ser acusado pelos media de utilizar a figura da irmã Lúcia para promover o seu filme.

Entre as pessoas que acompanharam Gibson na projecção de A Paixão de Cristo para a irmã Lúcia estava a sua mulher Robin Moore, que é protestante. Gibson é um católico tradicionalista que segue o dissidente monsenhor Lefebvre, tal como grande parte da sua família mais próxima.

Meses mais tarde, em Julho, Gibson regressou a Portugal para ter um encontro particular com a derradeira sobrevivente dos três pastorinhos de Fátima. Já em Setembro de 2003 o realizador de Braveheart havia feito uma visita particular ao Santuário de Fátima, para pedir à Virgem Maria que intercedesse por ele durante as filmagens.

actor. Ainda de acordo com a Catholic News Agency, também o actor Jim Caviezel, que desempenha o papel de Jesus Cristo em A Paixão de Cristo, e professa a fé católica, esteve em Portugal logo após a conclusão do filme, com o fim de o mostrar em "várias instituições religiosas", colher opiniões abalizadas e depois informar Mel Gibson. Caviezel tentou também projectar o filme no Carmelo de Coimbra, mas não conseguiu autorização.


MEL GIBSON VISITOU A IRMÃ LÚCIA

Gibson visitou Irmã Lúcia

O actor e realizador Mel Gibson deslocou-se propositadamente, em Julho último, ao Convento do Carmelo em Coimbra, onde a Irmã Lúcia professa desde 1948, não só para entregar um DVD do seu filme, ‘‘A Paixão de Cristo’‘, como para recolher a opinião da vidente de Fátima sobre a película, que já havia sido visionada pelas freiras.

A visita de Gibson, rodeada da maior discrição, seguiu-se a uma outra realizada a Fátima, em 2003, tendo desta vez o actor-realizador sido acompanhado pela sua mulher, Robyn Moore, e pelo Padre Luís Kondor, vice-postulador da Causa dos Videntes de Fátima, sedeada em Fátima.

A Irmã Celina, prioresa do Carmelo de Coimbra, responsável pelas 18 religiosas que ali seguem uma vida de oração e labor na mais estrita reclusão, confirmou ao CM a visita de Gibson.

“Tivemos a alegria e o prazer de receber o realizador da ‘‘Paixão de Cristo’‘, que quis vir ao nosso Convento para se encontrar com a Comunidade, para pedir orações pela sua família e o seu trabalho, aproveitando a ocasião para nos oferecer um DVD com o seu filme.”

Além da Irmã Lúcia e das carmelitas de Coimbra, só o Papa João Paulo II teve direito a igual tratamento, embora o filme lhe tenha sido entregue pelo actor Jim Caviezel.

PESSOA SIMPLES

Segundo a Irmã Celina, tanto o actor como a mulher mostraram-se pessoas da maior simplicidade. “Ele é muito expressivo e simpático, respondeu a todas as perguntas sobre passagens do filme, algumas feitas pela Irmã Lúcia que, durante quase uma hora, que durou o encontro, se mostrou sempre atenta”. A língua utilizada foi o inglês, o que, como disse a Irmã Celina, “não foi problema, pois várias companheiras o dominam”.

A visita de Mel Gibson ao Carmelo foi preparada com o maior cuidado. “Em Dezembro de 2003, ele encarregou o próprio protagonista do filme [Jim Caviezel], de vir ao Carmelo projectar o filme num ecrã gigante”, acrescentou a Irmã Celina.

‘‘PEDIU AJUDA A NOSSA SENHORA’‘

“Em Setembro de 2003, Mel Gibson veio a Fátima, para pedir a Nossa Senhora que o ajudasse a vencer os obstáculos que tinham surgido com o seu filme, de modo especial as críticas de anti-semitismo, que muito o preocuparam”, revelou entretanto ao CM Carlos Evaristo, muito próximo da família Gibson. “De 7 a 9 de Dezembro do ano passado”, acrescentou, “o actor Jim Caviezel foi enviado por Mel Gibson a Fátima, com o fim de projectar a ‘‘Paixão de Cristo’‘ em sete importantes institutos religiosos e assim poder auscultar a sua opinião sobre o filme”.

‘‘A PAIXÃO’‘ É MARCO DO ANO

Para a crítica, ‘‘A Paixão de Cristo’‘, de Mel Gibson, é um dos marcos culturais de 2004. Segundo o Instituto do Filme Americano, ‘‘A Paixão...’‘ (a par de ‘‘9/11’‘ de Michael Moore) “estilhaçaram as convenções de Hollywood”. O filme, recorde-se, custou ‘‘apenas’‘ 25 milhões de dólares a Gibson, que entretanto já facturou mais de 200 milhões, dos quais prometeu entregar 100 à Igreja Católica. A paixão pela história data de 1992 e, além da realização, Mel Gibson foi ainda responsável pelo argumento e produção.

2004-12-27 14:35:53


 

EVANGELHO DE HOJE: A TRANSFIGURAÇÃO


EVANGELHO – Mt 17,1-9


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo,
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão
e levou os, em particular, a um alto monte
e transfigurou Se diante deles:
o seu rosto ficou resplandecente como o sol
e as suas vestes tornaram se brancas como a luz.
E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele.
Pedro disse a Jesus:
«Senhor, como é bom estarmos aqui!
Se quiseres, farei aqui três tendas:
uma para Ti, outra para Moisés a outra para Elias».
Ainda ele falava,
quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra
e da nuvem uma voz dizia:
«Este é o meu Filho muito amado,
no qual pus toda a minha complacência. Escutai O».
Ao ouvirem estas palavras,
os discípulos caíram de rosto por terra a assustaram se muito.
Então Jesus aproximou se e, tocando os, disse:
«Levantai vos e não temais».
Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus.
Ao descerem do monte, Jesus deu lhes esta ordem:
«Não conteis a ninguém esta visão,
até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

AMBIENTE

A secção de Mt 16,21-20,34 é uma catequese sobre o discipulado, como seguimento de Jesus até à cruz. O texto que hoje nos é proposto faz parte dessa catequese.

O relato da transfiguração de Jesus é antecedido do primeiro anúncio da paixão (cf. Mt 16,21-23) e de uma instrução sobre as atitudes próprias do discípulo (convidado a renunciar a si mesmo, a tomar a sua cruz e a seguir Jesus no seu caminho de amor e de entrega da vida – cf. Mt 16,24-28). Depois de terem ouvido falar do “caminho da cruz” e de terem constatado aquilo que Jesus pede aos que o querem seguir, os discípulos estão desanimados e frustrados, pois a aventura em que apostaram parece encaminhar-se para um rotundo fracasso; eles vêem esfumar-se – nessa cruz que irá ser plantada numa colina de Jerusalém – os seus sonhos de glória, de honras, de triunfos e perguntam-se se vale a pena seguir um mestre que nada mais tem para oferecer do que a morte na cruz.

É neste contexto que Mateus coloca o episódio da transfiguração. A cena constitui uma palavra de ânimo para os discípulos (e para os crentes, em geral), pois nela manifesta-se a glória de Jesus e atesta-se que Ele é – apesar da cruz que se aproxima – o Filho amado de Deus. Os discípulos recebem, assim, a garantia de que o projecto que Jesus apresenta é um projecto que vem de Deus; e, apesar das suas próprias dúvidas, recebem um complemento de esperança que lhes permite “embarcar” e apostar nesse projecto.

Literariamente, a narração da transfiguração é uma teofania – quer dizer, uma manifestação de Deus. Portanto, o autor do relato vai colocar no quadro que descreve todos os ingredientes que, no imaginário judaico, acompanham as manifestações de Deus (e que encontramos quase sempre presentes nos relatos teofânicos do Antigo Testamento): o monte, a voz do céu, as aparições, as vestes brilhantes, a nuvem e mesmo o medo e a perturbação daqueles que presenciam o encontro com o divino. Isto quer dizer o seguinte: não estamos diante de um relato fotográfico de acontecimentos, mas de uma catequese (construída de acordo com o imaginário judaico) destinada a ensinar que Jesus é o Filho amado de Deus, que traz aos homens um projecto que vem de Deus.

MENSAGEM

Esta página de catequese, destinada a ensinar que Jesus é o Filho de Deus e que o projecto que Ele propõe vem de Deus, está construída sobre elementos simbólicos tirados do Antigo Testamento. Que elementos são esses?

O monte situa-nos num contexto de revelação: é sempre num monte que Deus Se revela; e, em especial, é no cimo de um monte que Ele faz uma aliança com o seu Povo.

A mudança do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai (cf. Ex 34,29), depois de se encontrar com Deus e de ter as tábuas da Lei.

A nuvem, por sua vez, indica a presença de Deus: era na nuvem que Deus manifestava a sua presença, quando conduzia o seu Povo através do deserto (cf. Ex 40,35; Nm 9,18.22; 10,34).

Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (que anunciam Jesus e que permitem entender Jesus); além disso, são personagens que, de acordo com a catequese judaica, deviam aparecer no “dia do Senhor”, quando se manifestasse a salvação definitiva (cf. Dt 18,15-18; Mal 3,22-23).O temor e a perturbação dos discípulos são a reacção lógica de qualquer homem ou mulher diante da manifestação da grandeza, da omnipotência e da majestade de Deus (cf. Ex 19,16; 20,18-21).

As tendas parecem aludir à “festa das tendas”, em que se celebrava o tempo do êxodo, quando o Povo de Deus habitou em “tendas”, no deserto.

A mensagem fundamental, amassada com todos estes elementos, pretende dizer quem é Jesus. Recorrendo a simbologias do Antigo Testamento, o autor deixa claro que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Mais ainda: ele é um novo Moisés – isto é, aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova aliança.

Da acção libertadora de Jesus, o novo Moisés, irá nascer um novo Povo de Deus. Com esse novo Povo, Deus vai fazer uma nova aliança; e vai percorrer com ele os caminhos da história, conduzindo-o através do “deserto” que leva da escravidão à liberdade.

Esta apresentação tem como destinatários os discípulos de Jesus (esse grupo desanimado e frustrado porque no horizonte próximo do seu líder está a cruz e porque o mestre exige dos discípulos que aceitem percorrer um caminho semelhante). Aponta para a ressurreição, aqui anunciada pela glória de Deus que se manifesta em Jesus, pelas vestes resplandecentes (que lembram as vestes resplandecentes dos anjos que anunciam a ressurreição – cf. Mt 28,3) e pelas palavras finais de Jesus (“não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do Homem ressuscitar dos mortos” – Mt 17,9): diz-lhes que a cruz não será a palavra final, pois no fim do caminho de Jesus (e, consequentemente, dos discípulos que seguirem Jesus) está a ressurreição, a vida plena, a vitória sobre a morte.

Uma palavra final para o desejo – manifestado por Pedro – de construir três tendas no cimo do monte, como se pretendesse “assentar arraiais” naquele quadro. O pormenor pode significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. Jesus nem responde à proposta: Ele sabe que o projecto de Deus – esse projecto de construir um novo Povo de Deus e levá-lo da escravidão para a liberdade – tem de passar pelo caminho do dom da vida, da entrega total, do amor até às últimas consequências.

ACTUALIZAÇÃO

A reflexão pode fazer-se partindo das seguintes questões:

• A questão fundamental expressa no episódio da transfiguração está na revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o projecto salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da entrega total de si próprio por amor. Pela transfiguração de Jesus, Deus demonstra aos crentes de todas as épocas e lugares que uma existência feita dom não é fracassada – mesmo se termina na cruz. A vida plena e definitiva espera, no final do caminho, todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de pôr a sua vida ao serviço dos irmãos.

• Na verdade, os homens do nosso tempo têm alguma dificuldade em perceber esta lógica… Para muitos dos nossos irmãos, a vida plena não está no amor levado até às últimas consequências (até ao dom total da vida), mas sim na preocupação egoísta com os seus interesses pessoais, com o seu orgulho, com o seu pequeno mundo privado; não está no serviço simples e humilde em favor dos irmãos (sobretudo dos mais débeis, dos mais marginalizados e dos mais infelizes), mas no assegurar para si próprio uma dose generosa de poder, de influência, de autoridade e de domínio, que dê a sensação de pertencer à categoria dos vencedores; não está numa vida vivida como dom, com humildade e simplicidade, mas numa vida feita um jogo complicado de conquista de honras, de glórias e de êxitos. Na verdade, onde é que está a realização plena do homem? Quem tem razão: Deus, ou os esquemas humanos que hoje dominam o mundo e que nos impõem uma lógica diferente da lógica do Evangelho?

• Por vezes somos tentados pelo desânimo, porque não percebemos o alcance dos esquemas de Deus; ou então, parece que, seguindo a lógica de Deus, seremos sempre perdedores e fracassados, que nunca integraremos a elite dos senhores do mundo e que nunca chegaremos a conquistar o reconhecimento daqueles que caminham ao nosso lado… A transfiguração de Jesus grita-nos, do alto daquele monte: não desanimeis, pois a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.

• Os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não ter muita vontade de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, alheados da realidade concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No entanto, ser seguidor de Jesus obriga a “regressar ao mundo” para testemunhar aos homens – mesmo contra a corrente – que a realização autêntica está no dom da vida; obriga a atolarmo-nos no mundo, nos seus problemas e dramas, a fim de dar o nosso contributo para o aparecimento de um mundo mais justo e mais feliz. A religião não é um ópio que nos adormece, mas um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.


Saturday, 12 March 2011

IRMÃ MARIA CLARA DO MENINO JESUS por JOÃO CÉSAR DAS NEVES


Irmã Maria Clara

João César das Neves

Temos mais um português a subir aos altares. Libânia do Carmo Telles de Albuquerque, nascida na Amadora em 1843 e falecida em Lisboa a 1 de Dezembro de 1899, ficará para sempre conhecida como a agora beata, um dia santa Maria Clara do Menino Jesus. Externamente a sua obra é a fundação da CONFHIC, a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Mas ela esconde uma história paradoxal que nos interpela mais de cem anos depois.

O aspecto mais saliente é a perseguição religiosa. O regime liberal instalado em 1934 foi endemicamente anti-cristão, situação que manteve, com altos e baixos, durante quase cem anos. Libânia do Carmo nasceu num período de acalmia, pois há menos de ano e meio que voltara a haver núncio em Lisboa, após oito anos de cisma. Mas toda a sua vida seria marcada pela sombra anti-religiosa. A perseguição à Igreja em Portugal tinha um aspecto muito marcante, o ódio às ordens religiosas. A vida da Irmã Clara está directamente ligada a ele.

Dos três grandes ataques que o Liberalismo lançou contra a Igreja após o período revolucionário, a Mãe Clara esteve directamente ligada a dois, sendo protagonista principal de um deles. A perseguição latente do período costumava rebentar, de vez em quando, em enormes tempestades. As maiores foram o caso das Irmãs da Caridade, expulsas em 1862, de que Libânia do Carmo era aluna e de cujo Pensionato foi forçada a sair, o caso Sara de Matos, falecida em 1891 numa das casas da Congregação fundada pela Mãe Clara, e o caso Rosa Calmon, de 1901, já posterior à sua morte. Pode assim dizer-se que esta vida esteve mesmo no centro da terrível provação que a Igreja portuguesa sofreu nessas décadas.

Aquilo que esta história mostra bem é a forma como Deus lida com a perseguição. Perante a arrogância bastante pateta dos liberais, o Omnipotente responde com uma superabundância de graças inesperada e esmagadora. Não era suposto haver ordens religiosas. A lei proibia-as. Deus, não só cria uma nova, mas cria-a com uma tal esfusiante prosperidade, eficácia e influência que esmaga qualquer oposição. Vêm da Sua infinita misericórdia as inúmeras vocações, obras e gestos caritativos, inestimáveis para resolver os dramas e as misérias que os inimigos da Igreja não conseguiam solucionar.

A dimensão envolvida é impressionante. A Congregação, fundada em 1871 e reconhecida por Roma em 1876, tinha no fim do século, data da morte da fundadora, 508 irmãs, das quais 464 professas, 28 noviças e 16 recém admitidas ao hábito. Em menos de 30 anos, numa sociedade organizada contra a Igreja, é quase incompreensível esta multidão. «Nada acontece no mundo sem permissão divina», era algo que a Irmã Maria Clara costumava dizer muitas vezes. A perseguição tonta e invejosa aconteceu para se manifestar esta abundância imparável da misericórdia divina.

O elemento fundamental da sua obra, que a coloca para sempre na história de Portugal são milhares e milhares de pobres, doentes, desamparados crianças e infelizes acolhidos, tratados, ajudados, encaminhados. Em época tão turbulenta, ela é um exemplo de atitude cristã face à injustiça e à dor.

Mas o aspecto mais patente é o sentido de humor de Deus. O Senhor da História tem muita ironia na sua acção, que nem sempre entendemos. O contraste gritante entre aquilo que as leis pretendiam e o que Deus fez chega a ser hilariante. Diz o Salmo segundo: «Porque se amotinam as nações e os povos fazem planos insensatos? Revoltam-se os reis da Terra e os príncipes conspiram juntos contra o Senhor e o seu ungido. “Quebremos as algemas e atiremos para longe de nós o seu jugo!” Aquele que habita nos céus sorri; o Senhor escarnece deles» (Sl 2, 1-4). A Mãe Clara do Menino de Jesus é este sorriso de Deus que escarnece dos maçons portugueses.

Escarnece deles fazendo o bem nas suas barbas. Criando uma congregação, totalmente proibida, que em 1999 tinha 140 obras, sendo 44 hospitais, 41 colégios e escolas, 17 asilos de infância, 18 asilos de inválidos, 4 creches, 6 cozinhas económicas, 9 hospícios, 2 pensionatos, 5 conventos e 2 noviciados e estava presente, não só em todo o Portugal, do Minho ao Algarve, mas expandira-se para Luanda, Goa, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Esta desproporção entre o que os homens pretendiam e o que Deus fez é propriamente um milagre, e assim deve ser visto por nós. A vida e obra da Mãe Clara é um milagre do humor de Deus, que sorri com amor perante os esbracejos dos homens que O querem atacar, e responde às perseguições com carinho pelos pobres.

João César das Neves, economista, autor da obra «Os Santos de Portugal»

MADRE MARIA CLARA DO MENINO JESUS VAI SER BEATIFICADA NO ESTÁDIO DO RESTELO A 21 DE MAIO DE 2011

Beatificação da «Mãe Clara» a 21 de Maio

Celebração no Estádio do Restelo vai ser preparada com iniciativas de divulgação da vida e obra desta religiosa portuguesa do século XIX

Lisboa, 07 Fev (Ecclesia) – A beatificação da irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899) vai ter lugar a 21 de Maio, no Estádio do Restelo, Lisboa, anunciou hoje a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC), fundada pela futura beata.

Segundo o comunicado oficial, “espera-se um significativo número de participantes, não só de Portugal, como delegações dos 14 países” onde se encontra a CONFHIC.

A irmã Fátima Martins, do Departamento de Comunicação do Secretariado que prepara a beatificação, revelou à Agência ECCLESIA que a escolha do Estádio do Restelo se fica a dever ao seu “espaço amplo”, no qual as pessoas “podem estar sentadas”.

O presidente da celebração ainda não é conhecido, mas a irmã Fátima Martins adianta duas hipóteses: “D. José Policarpo ou o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Cardeal Angelo Amato)”.

«Maria Clara, um rosto de ternura e da misericórdia de Deus» é o slogan escolhido para a celebração, que vai ser preparada com “iniciativas de divulgação e formação” sobre a futura beata.

Nos próximos tempos será publicada uma obra sobre Madre Maria Clara e na celebração de 21 de Maio "será distribuído um opúsculo (30 a 40 páginas) sobre a vida e obra” da religiosa, precisa a irmã Fátima Martins.

O ritual da beatificação inclui a leitura da Carta Apostólica e a “chamada procissão das relíquias”, que neste caso será “um osso da Madre Maria Clara”.

O processo conheceu o seu ponto culminante quando, no dia 10 de Dezembro de 2010, Bento XVI assinou o Decreto de aprovação do milagre atribuído à intercessão da Irmã Maria Clara, relativo à cura de uma católica espanhola, Georgina Troncoso Monteagudo, afectada por um grave problema de pele.

Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de Junho de 1843.

Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.

A futura beata foi enviada a Calais, França, a 10 de Fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.

Abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S. Patrício - Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.

A «Mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899 e o processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.

Os seus restos mortais repousam na Cripta da Casa-Mãe da Congregação, em Linda-a-Pastora, onde “acorrem inúmeros devotos a implorar a sua intercessão junto de Deus”, diz Fátima Martins.

O milagre atribuído à religiosa ocorreu a 12 de Novembro de 2003, em Baiona (Espanha), numa “devota” que, em 1998, foi ao seu túmulo e pediu a cura de um pioderma gangrenoso (doença cutânea ulcerativa).

A CONFHIC adiante que Georgina Troncoso Monteagudo deve estar presente na beatificação da «Mãe Clara».

Esta religiosa do século XIX vai juntar-se, assim, a cinco portugueses beatificados nos últimos dez anos: os Pastorinhos Francisco e Jacinta, de Fátima (13 de Maio de 2000); frei Bartolomeu dos Mártires (4 de Novembro de 2001); Alexandrina de Balasar (25 de Abril de 2004, no Vaticano) e Rita Amada de Jesus (28 de Maio de 2006, em Viseu). Também neste período foi beatificado o Imperador Carlos de Áustria (3 de Outubro de 2004), que faleceu no Funchal.

A estas beatificações soma-se a canonização de Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, que aconteceu a 26 de Abril de 2009, no Vaticano.

A beatificação, que antecede a canonização (declaração de santidade), é o rito através do qual a Igreja Católica propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus, ao mesmo tempo que autoriza o seu culto público, normalmente em âmbito restrito (diocese ou família religiosa).

LFS/OC


A BEATIFICAÇÃO DA FUNDADORA DA CONGREGAÇÃO DAS FRANCISCANAS HOSPITALEIRAS DA IMACULADA CONCEIÇÃO


Madre Maria Clara do Menino Jesus vai ser beata

Papa reconhece milagre de portuguesa

O Papa Bento XVI reconheceu o milagre atribuído a Madre Maria Clara do Menino Jesus, que viveu no século XIX e fundou uma congregação religiosa dedicada aos mais pobres. Decisão do Sumo Pontifice abre caminho à beatificação.

Bento XVI aprovou esta sexta-feira, 10 de Dezembro, a publicação do Decreto de aprovação do milagre, anuncia a sala de imprensa da Santa Sé, completando assim o último passo antes da marcação da cerimónia de beatificação, da irmã que é conhecida por Mãe Clara.

O caso da fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC) refere-se, segundo o instituto religioso, à “cura repentina de pioderma gangrenoso” (doença cutânea ulcerativa) de que a espanhola Georgina Troncoso Monteagudo sofria há 34 anos, divulgou a agência 'Ecclesia'.

A 7 de Dezembro, os cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos tinham reconhecido o milagre, emitindo parecer positivo sobre a cura.

A celebração de beatificação deverá ocorrer em meados de 2011, na Diocese de Lisboa.

Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, a 15 de Junho de 1843, no seio de um família nobre abastada.

Órfã, entrou aos 14 anos no Internato da Ajuda. Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, tomando o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. É enviada a Calais, França, a 10 de Fevereiro de 1870, para fazer o Noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.

Funda a primeira Comunidade, em S. Patrício - Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de Março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.

Ao longo da sua vida abre grande número de casas para recolher pobres e necessitados, em Portugal, e envia Irmãs para as Missões: Angola, Goa e Guiné-Bissau.

Morreu em Lisboa, a 1 de Dezembro de 1899.

A 6 de Dezembro de 2008, o Papa autorizara a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” da Irmã Maria Clara do Menino Jesus.

O Sumo-Pontífice autorizou então a publicação do decreto que reconhece as "virtudes heróicas" da religiosa, após um encontro com o arcebispo Angelo Amato, sucessor do cardeal Saraiva Martins à frente da Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Aliás, este é o primeiro processo português que avança, depois de o cardeal Saraiva Martins ter abandonado a liderança do decastéreo.

A decisão de Bento XVI, em 2008, "abriu a porta ao estudo do suposto milagre, ocorrido em 2003, em Baiona (Espanha)", explicou - aquando da divulgação da decisão - ao CM a irmã Maria Lucília Carvalho, vice-postuladora da causa de canonização da irmã Maria Clara.

No convento de Linda–a–Pastora, onde está sepultada a madre hospitaleira, as irmãs contam que Georgina Troncoso Monteagudo se curou depois de conhecer a obra em Espanha. "Foi lá que pediu a madre Maria Clara para interceder por ela junto de Deus", disse a irmã Musela Nunes, natural de Goa.

Por sua vez, a irmã Glória Ferreira contou que, depois de curada, Georgina Trancoso veio a Portugal agradecer. "Sofria de pioderma grangrenoso e contou-nos que tinha o braço em carne viva, com dores horríveis", recordou.

Na continuação do trabalho de apoio aos necessitados iniciado por "Mãe Clara" , a irmã Lurdes Barbosa referiu que "são necessidades que ultrapassam o tempo".

“Mulher de coração sensível e sem fronteiras, notabilizou-se por uma vida inteiramente dedicada ao acolhimento e cuidado dos mais necessitados, que considerava «a sua gente»”, refere um comunicado da CONFHIC.

Madre Maria Clara do Menino Jesus está sepultada deste 1989 na Cripta da Casa-Geral da Congregação, em Linda-a-Pastora, concelho de Oeiras, onde ocorrem peregrinações pedindo a sua intercepção junto de Deus. No primeiro domingo de cada mês decorre cerimónia aberta ao povo. Cerca 1600 irmãs seguem a sua obra de ajuda aos mais necessitados pelo Mundo.

O site oficial da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição é http://www.confhic.com/

10 Dezembro 2010 Por:João Saramago

Tuesday, 8 March 2011

ENTREVISTA AL EXORCISTA PADRE ANDRES TIRADO


Terça-feira, 8 de Março de 2011

Entrevista al Padre Andres Tirado, Exorcista de la Iglesia Ortodoxa Sirio-Bizantina.

miércoles, 24 de noviembre de 2010

Dos periodistas de elempleo.com, presenciaron el exorcismo de una persona poseída y cuentan de primera mano su experiencia.

"En este reino conviven dos poderes, dos reinos, el de Nuestro Señor Jesucristo y el Rey del Infierno, el enemigo; en ambos reinos hay poderes y protección a sus seguidores, sea a los hijos de la luz o a los hijos de las tinieblas, pero hay que dejar algo claro, el reino de la oscuridad nunca podrá destruir a los hijos de la luz" Biblia de Jerusalén, Evangelio de Juan 1-5, versión 1976.

La práctica del exorcismo es tan antigua como la misma historia del hombre. En la antigua Babilonia, los sacerdotes rompían una imagen de arcilla o cera que simbolizaba la figura del diablo. Por su parte, las religiones también realizaban diferentes rituales, por ejemplo, los hindús, exorcizaban a sus creyentes mediante el uso de humo de estiércol de vaca y cerdo, mientras que golpeaban al poseído, ofrecían monedas de cobre y oraban por la liberación de sus piadosos.

En la biblia también se encuentran referencias a la práctica del exorcismo y a la histórica dualidad entre Dios y el demonio. El nuevo testamento relata que Jesucristo expulsaba espíritus malignos a través de la oración y aunque, al mismo Jesús, no se lo consideraba un exorcista, este habría sido el principio de esta práctica.

La preparación para el ritual

El exorcismo en Colombia es un procedimiento poco conocido y son escasos los sacerdotes que se enfocan en esta área de trabajo, por lo qué las personas que sufren de diferentes síntomas de posesión muchas veces no saben a quién acudir.

En busca de conocer más sobre este tema, nos pusimos en contacto con el Padre Andrés Tirado Pérez, sacerdote experto en exorcismos, quien nos indicó que tenía una persona con síntomas de posesión, que había accedió a dejarnos presenciar el ritual en busca de guiar a otras personas que están en su misma situación y no saben dónde buscar ayuda.

"En el país el exorcismo es una cuestión muy complicada porque las diferentes religiones e iglesias no lo quieren aceptar. Hay muy pocos que se dedican a esto y los pocos que trabajan en esta rama, no tienen experiencia, no conocen y para esto se necesita un don, una fuerza", afirma el Padre Andrés Tirado Perez, presidente de la Corporación Tu Corazón y el Mío Para la Humanidad, y autor del libro "Como enfrentar al demonio y vencerlo".

El Padre, quien trata entre 30 a 50 casos anuales de posesión demoniaca, realiza este trabajo de manera gratuita, recibiendo únicamente una ganancia espiritual. En relación a los casos de posesión, la gran mayoría de ellos se dan debido a brujerías personales y trabajos negros mandados a hacer a terceros. La segunda razón más común son los casos de manipulación casera de cualquier tipo de invocaciones espirituales, junto con pactos directos con el diablo.

Así es un exorcismo desde adentro

En busca de ver de cerca cómo era la práctica de un exorcismo, el 9 de noviembre, en el sur de Bogotá, nos encontramos para grabar en vivo y en directo, la forma en que se lleva a cabo este ritual.

La persona a quien se le realizó la liberación, cuyo nombre pidió no ser publicado, de edad avanzada y con un rostro pálido y personalidad lánguida y apagada, llevaba más de 20 años con un sinnúmero de males en su vida. Mala suerte, dolores de cabeza inexplicables, moretones, depresión, pesadillas, quebrantos de salud e insomnio, síntomas considerados señales de posesión.

"La posesión tiene indicios específicos como el sentirse mal en muchas áreas, no ser feliz, sentir que en la noches los privan, además de la presencia de pesadillas, sentimiento de persecución, mareo al estar en un sitio espiritual o al orar, y, el alucinar con imágenes sagradas", afirma el Padre.

La mala energía y una profunda sensación de tristeza y desesperanza, predominaron en el corto pero significativo dialogo que sostuvimos con la persona a la cual se le iba a practicar la liberación, quien estaba asustada y nerviosa por el proceso que estaba por comenzar.

Los exorcismos requieren de mucho trabajo y en ocasiones de hasta 6 meses de constantes sesiones para ser exitosos. En esta ocasión, la persona poseída tenía su segundo exorcismo, luego de haber visitado por primera vez al Padre Andrés hace unos pocos días y asombrase al notar que un demonio en su cuerpo se había manifestado al recibir agua bendita.

Luego de un corto dialogo, ingresamos al lugar donde se realizaría el exorcismo. El ritual suele ser llevado a cabo por tres personas, sin embargo en esta ocasión, seriamos cinco en total, incluyéndonos a nosotros, dos periodistas.

El sitio, un consultorio pequeño y con mucha luz, fue el escogido para realizar el exorcismo debido a su tamaño y a la posibilidad de tener privacidad en el ritual.

El procedimiento empieza cuando el Padre se pone la túnica y ha bendecido anteriormente el lugar. Luego comienza a hacer una oración de protección a los asistentes, tomando agua bendita y haciendo la figura de la cruz en la frente, las muñecas y la garganta de los presentes.

En este punto el Padre nos pidió a mí compañero y a mí, que nos alejáramos y simplemente grabáramos la sesión. Luego, le dijo a la persona a quien se le iba a realizar el exorcismo, que se sentara y esperara mientras él ponía tres velas en forma de triangulo (el ojo de Dios) en un rincón del consultorio.

Acto seguido, el Padre puso su mano en la frente de la persona poseída y empezó a orar. En ese momento todos realmente estábamos tranquilos, había tensión y nervios en el ambiente, no era para menos, sin embargo, el miedo real se desató a pocos instantes de comenzar la sesión.

El Padre terminó su oración y noté como poco a poco la persona poseída empezó a estremecer fuertemente sus dedos y cabeza, luego se sentó sobre el piso y comenzó a moverse de atrás hacia adelante, acto seguido se levantó y empezó a gritar.

El ayudante del Padre, en forma rápida, reaccionó y la tomó de los brazos intentando contener su agresividad mientras que el sacerdote continuaba con sus oraciones.

Infatigablemente el Padre seguía orando mientras que la poseída movía su cabeza y no se quedaba quieta. Pronto, llegó el momento del clímax, el Padre Andrés tomó fuertemente la cabeza de la exorcizada y en tono efusivo y dominante le dijo" ¿demonio quien eres?, identifícate".

La persona poseída, quien hasta este momento poco hablaba y no mostraba ningún tipo de emoción diferente al miedo, respondió con una espeluznante y aterradora carcajada y dijo "somos tantos" y justo en ese instante las velas se cayeron, desatando el pánico entre los asistentes.

En ese momento sentí terror, comprendí lo que realmente estaba pasando y me sentí espantado de ver la transformación de esta persona, quien agresivamente intentaba soltarse de la fuerte contención del ayudante del Padre. Recordé las conocidas adaptaciones cinematográficas del proceso de exorcismo, y supliqué con todas mis fuerzas, que esta sesión no fuera a tener un desenlace parecido.

Mientras tanto, el otro periodista, asombrado también de la fuerza sobrenatural de esta persona, cuya edad debería rondar alrededor de los 60 años, se mantenía grabando todo lo que pasaba.

Los rezos y las oraciones del padre no cesaban, mientras que la persona poseída no paraba de moverse, gritar, reírse y responder "no me voy a ir", cada vez que el Padre le ordenaba que dejara el cuerpo de esta persona. Para mi asombro, y alivio, la voz de la persona poseída nunca cambió de forma, más si de tono, y cada vez más me aterraba su risa y la manera como una segunda personalidad había aparecido en el proceso.

Asustado, me incliné hacia la puerta de salida y le pedí a Dios que se acabara el ritual, sin embargo esto no pasó y en cambio, el Padre preocupado me suplicó que lo ayudara a contener a la persona poseída, quien le ganaba en fuerza a su ayudante.

Vacilé e hice como si la conversación no fuera conmigo, pero esto no funcionó, el Padre nuevamente me pidió que tomara los brazos de la exorcizada. Noté que no tenía otra salida, ni el sacerdote ni el ayudante, podían controlar a esta persona de edad avanzada, que tenía una fuerza inexplicable.

Con miedo, me acerqué y tome a la persona poseída con fuerza, mientras que las oraciones y los rezos continuaban. Exaltado, el Padre me gritaba que no la fuera a soltar por ningún motivo y yo, junto con el ayudante, la tomamos con más fuerza.

Finalmente la persona poseída quedó exhausta y la sentamos en la silla donde inicialmente empezó todo el proceso. El Padre, nos pidió que saliéramos del lugar para que lo pudiera bendecir. Al rato, luego de 20 minutos, salió la persona poseída, estaba mareada, confundida e impactada por lo que acababa de suceder.

El Padre, luego nos comentó que la entidad que posee a esta persona, es un demonio fuerte y que necesitará más sesiones para poder hacer la liberación total.

Posteriormente, nosotros nos despedimos y aún asustados, salimos del lugar, pensando que aunque algunas personas puedan usar fraudulentamente este ritual, lo que presenciamos fue real, y cambiará la perspectiva de nuestras vidas por siempre.

Actualmente, esta persona se encuentra en su cuarta sesión de exorcismos, donde el Padre espera que a principios del próximo año pueda sacar totalmente el demonio que la posee, y así, después de 20 años de sufrimiento, esta mujer pueda vivir una vida normal.

Juan Felipe Pinzón García

Periodista


En un momento del Ritual de Exorcismo

El Padre Andrés Tirado, Exorcista, Vicario de la Proto Eparquía del Rito Sirio-Bizantino para Colombia, y Comendador de los Caballeros de Devoción de la Orden Bonaria.

WHISTLE DOWN THE WIND: WHEN CHILDREN RULE THE WORLD



Taking place in a small village in America's deep South, a devoutly religious 15-year-old girl, Cathy, discovers a mysterious, injured man hiding in her family’s barn. When she asks his identity, the first words he utters are 'Jesus Christ'. Believing the man is in fact the real Jesus Christ, Cathy and the town's other children vow to protect the stranger from the outside world. Meanwhile, the adults are on the hunt for an escaped murderer.


The phrase 'whistle down the wind' is best known as the title of the 1961 film, directed by Bryan Forbes, and most people probably assume that it originated with the film. The plot revolved around the mistaken belief of a group of schoolchildren that a fugitive criminal they had discovered in hiding was in fact Jesus. In a tale heavy in Christian symbolism, the criminal was eventually inadvertently given away by the children and re-arrested.




The Man (Eric Kunze, from left) explains his presence to Poor Baby (Austin J. Zambito-Valente), as Swallow (Andrea Ross) and Brat (Nadine Jacobson) listen in a scene from "Whistle Down the Wind."



JESUS AND THE LITTLE CHILDREN


The Little Children and Jesus

13Then little children were brought to Jesus for him to place his hands on them and pray for them. But the disciples rebuked those who brought them.

14Jesus said, “Let the little children come to me, and do not hinder them, for the kingdom of heaven belongs to such as these.” 15When he had placed his hands on them, he went on from there.



"LET THE CHILDREN COME TO ME", MATTHEW 19,14

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA


História de Santo Antônio de Pádua

Pelo Pe. Antônio At., C. S. C.

Traduzido por Mons. Dr. J. Basílio Pereira

Livro de 1951

1195 - 1231

O estudo dos santos é sempre tentador. Esse atrativo explica-se facilmente; porque os santos são primores de obra. A natureza fornece de tempos em tempos a sua matéria prima; a graça vem a ser a sua razão última; para os formar, ela utiliza o meio.

Os santos são inteligências sublimes, mesmo quando ignorantes das ciências humanas; são caracteres superiores, porque venceram o mundo; são corações fortes e ternos, aos quais abrasam a um tempo o amor do bem e o ódio ao mal, e que o céu e a terra visitam à mesma hora; eles adoram o céu e protegem a terra : são, finalmente, insignes benfeitores do gênero humano. A caridade dos santos é sem rival; sua direção é segura, são provas disto as obras imortais que deixam após si. Mesmo quando não apresentassem à observação tão belos traços, quando se pudesse deles dizer somente: não são como os outros homens que conhecemos, e que nos aborrecem ou nos prejudicam, seriam dignos de acatamento.

Eis porque os santos são caros á Igreja, da qual constituem o orgulho e a esperança, e caros se tornam aos filhos da Igreja, que vêem neles uma brilhante demonstração de sua fé. Desde que não se os pode pôr em dúvida, preciso é explicá-los; e quem dirá donde saem, se acaso se negar a virtude do batismo? É em vão que muitos se esforçam por obscurecer o nimbo que lhes emoldura o semblante venerando. Fazer dos santos uns grandes homens e colocá-los no Panteon, é muitas vezes uma habilidade; no fundo, é uma involuntária homenagem que escritores honestos, e algures corações de artistas, rendem aos heróis do catolicismo.

Assim, se explica o prazer íntimo que experimentamos, lendo a Vida dos Santos.


Monday, 7 March 2011

10 DE MARÇO: INÍCIO DA NOVENA A S. JOSÉ


Devocionário de São José

Extraído do livro Exercícios de Piedade em Honra de São José



Diz Santa Tereza D' Ávila (Vida, cap. 6n.6-8): "Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele... Causa espanto as grandes mercês que Deus me fez por meio desse bem aventurado Santo, dos perigos que me livrou tanto do corpo como da alma. A outros santos parece que o Senhor lhes deu graças para socorrer em determinada necessidade. Mas deste glorioso santo tenho experiência que socorre em todas... Só peço, por amor de Deus, que o prove quem em mim não acreditar e verá por experiência o grande bem que é encomendar-se a este glorioso patriarca e lhe ter devoção."

"São José é um grande intercessor que temos diante de Jesus. Nunca tarda em nos ajudar a conseguir alguma graça que desejemos, desde que a peçamos com fé. Tudo o que sabemos de São José é o que nos conta a Sagrada Escritura: que era um homem justo, temente a Deus e aceitou dar sua vida para criar e educar um filho que não era seu (afinal Jesus era filho de Deus).

Era um homem bom, compassivo e carinhoso,características de um justo. Quando soube da gravidez de Maria, não sendo seu o filho que ela esperava, planejou deixá-la silenciosamente para não a expor à vergonha e crueldade, porque naquela época, as mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas até à morte (Mt 19,20). José foi também um homem de fé e obediente. Quando o anjo do Senhor em sonho lhe revelou o mistério sobre a criança que Maria trazia no ventre, imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, a tomou como esposa. Quando o anjo lhe apareceu novamente para avisá-lo do perigo que a sua família corria, imediatamente deixou tudo o que possuía, bem como os parentes e amigos e partiu para um país estranho e lá permaneceu, aguardando pacientemente até que o anjo do Senhor, no devido tempo, o instruiu para retornar (Mt 2,13-23).

Quando Jesus ficou no templo, perdido dele e da mãe, José, junto com Maria, procurou-o com grande ansiedade até encontrá-lo ao fim de três dias (Lc 2,48). Tratava Jesus como seu próprio filho, a tal ponto que os habitantes de Nazaré repetiam constantemente em relação a Jesus "Não é ele o filho de José?" (Lc 4,22). José teve uma morte linda, como muitos gostariam de ter, ao lado de Jesus e de Maria."

Sunday, 6 March 2011

A SANTA MISSA


Eis um breve relato de algumas visões do padre João Baptista Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa. Falecido em odor de santidade, teve este sacerdote, a graça de ver o que acontece de sobrenatural durante a Santa Missa, a qual, por razão, costumava chamar de "A FESTA NO CÉU".

Ao tempo em que o demônio procura eclipsá-la, vamos adorar mais e mais a Jesus, em reparação a tantas blasfêmias que contra a Eucaristia se cometem. Eis o que era dado ver ao Padre Reus:

"Nossa Senhora convida todo o Paraíso para participar da Santa Missa. Todos os anjos e Santos A seguem em maravilhoso cortejo até o altar. Os Santos formam um semi-círculo ao redor do sacerdote celebrante e o acompanham até o altar. Lá chegando, os anjos se colocam atrás dos Santos.
Outra multidão de anjos cerca a igreja e cobre os fiéis, impedindo a aproximação dos demônios durante a Santa Missa, em honra á Majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Virgem Santíssima está sempre junto do celebrante, do lado do altar onde é servida a água e o vinho, e onde são lavadas as mãos do sacerdote. É a própria Mãe de Jesus quem serve o celebrante e lava suas mãos. Entre Nossa Senhora e o celebrante, é convidado o Santo do dia.

Todas as almas do Purgatório também são convidadas pela Virgem Maria e permanecem durante toda a Santa Missa aos pés do altar, entre o celebrante e os fiéis. Conta o Padre Reus que ele via as almas do Purgatório em verdadeira festa e com grande esperança de libertação. Padre Reus via uma chuva caindo sobre o Purgatório durante toda a Santa Missa.

No momento sublime da Consagração, quando estas almas veem Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sentem um desejo incontrolável de sair daquelas chamas e se atirarem em Seus braços, mas não conseguem, por não estarem ainda purificadas.

Após a Consagração, acontece a libertação do Purgatório, das almas que já atingiram a purificação. Nossa Senhora estende a mão a cada uma delas e diz: "Minha filha, pode subir ".

Os anjos saúdam as almas libertadas do Purgatório, abraçando-as. É um momento de imensa alegria e beleza. Em seguida, estas almas, resplandecendo com a beleza indescritível, adornadas como noivas, como anjos, são introduzidas triunfalmente no Paraíso, por uma multidão de anjos, ao som de música e cantos celestiais.

- Na hora da morte, as Missas que houveres assistido serão a tua maior consolação.
- Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça Divina.

- Em toda Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados e diminuí-las mais ou menos consoante a teu fervor.

- Assistindo com devoção à Missa, prestas a maior das honra à Santa Humanidade de Jesus Cristo.

- Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões.

- Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais porém te arrependestes.

- Diminui o império de Satanás sobre ti.

- Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível.

- Uma só Missa a que houveres assistido em vida, ser-te-á mais salutar que muitas a que outros assistirão por ti depois da tua morte, pois pela Missa participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

- A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.

- Na Missa recebes a benção do sacerdote, a qual Nosso Senhor confirma no Céu. És abençoado em seus negócios e interesses pessoais.

- Toda Missa alcança-te um grau maior no Céu e diminui o teu Purgatório."



EXORCISMUS: THE MOVIE


'Exorcismus' (La posesión de Emma Evans)

Emma é uma jovem de 15 anos que quer mais independência dos pais. Estes, pelo contrário, prendem-na demasiado, pensando no futuro dela e com a ilusão de que um dia ela lhes vai agradecer.

Um dia Emma tem um ataque que parece indicar epilepsia. Os pais levam-na ao médico, mas nada é detectado. Quando o comportamento desta se altera, e começa a haver exemplos de que pode estar possuída por um demónio, é chamado um padre da família para a exorcizar. Mas será este capaz de tal tarefa, quando a própria Igreja o renega?

Com o dedo da Filmax, esta produção espanhola - falada em inglês - tinha o ensejo de demonstrar uma nova abordagem aos demónios e exorcismos no cinema. O objectivo é parcialmente atingido, mas não sem que se entrem nas visões padrão do fenómeno, onde subsistem os clichés das mensagens nos espelhos, das baratas a sair das casas de banho (ou moscas, ou abelhas, como noutros filmes), da voz distorcida, da vista carregada a tons negros e claro, das levitações inexplicáveis. E “Exorcismus” segue muito por aí, com todos os detalhes do género, abordando sim, e com algum engenho, novos caminhos à forma como se é ‘possuída’, e os objectivos para isso.

E apesar de haver alguns sustos de momento, este é um filme que tenciona, pelo ambiente, criar mais tensão e terror, fabricando paralelamente um drama familiar, com a pressão parental como fundo. E é neste ponto que o filme se fortalece e fragiliza de forma equitativa. Ao dar mais que um simples demónio que queria um corpo, ao mostrar outras razões para o fenómeno, é necessária uma maior explicação ao espectador, o que pode por vezes fazer a obra tropeçar em si mesma em termos narrativos.

Neste caso específico, o filme até consegue ser mais lógico que a maioria, e fugir à tal simplicidade dos demais filmes do género, mas será que consegue assustar ou ser um filme menos anónimo no universo de filmes demoníacos? Nem por isso. Em termos simples, este “Exorcismus” é um filme pastilha elástica. Diverte, entretém, mas rapidamente o sabor desaparece da nossa boca, ou cabeça neste caso.

O Melhor: O filme transforma a vítima em pecadora, e só por isso é diferente e louvável em termos criativos
O Pior: É um filme que entretém no momento, mas não ficará para a história
A Base: “Exorcismus” é um filme pastilha elástica. Diverte, entretém, mas rapidamente o sabor desaparece …6/10

por Jorge Pereira

Domingo, 27 Fevereiro 2011 15:33



Manuel Carballo's terrible The Possession of Emma Evans (Exorcismus) will premiere tomorrow on VOD courtesy of IFC Midnight, and inside you'll find our previous released 6 clips, along with the official US trailer. I highly recommend avoiding it at all costs. Starring Sophie Vavasseur (Evelyn), Stephen Billington (Resident Evil), Richard Felix (Fragile), Douglas Bradley (Hellraiser) and Tommy Bastow, tired of a family that she feels is too oppressive and authoritarian, Emma Evans, a troubled and unsatisfied teen in full pursuit of her identity, decides one day to do something to end this situation. To achieve this, Emma unleashes her deepest desires, not realizing that it's a trigger too dark and powerful forces that she is unable to control, bringing the horror and tragedy into the Evans home. Emma just wanted to be free... but there are things you should never wish for.

Wednesday, 2 March 2011

PAPA ILIBA JUDEUS DA MORTE DE JESUS


Papa iliba judeus da morte de Jesus

A declaração foi feita no novo livro "Jesus de Nazaré"

O Papa Bento XVI iliba totalmente o povo judeu da morte de Jesus Cristo, um dos assuntos mais controversos do cristianismo, num novo livro de que foram publicados, esta quarta-feira, os primeiros excertos.

No livro, intitulado "Jesus de Nazaré", Bento XVI recorre a uma análise bíblica e teológica para explicar por que não é verdade que o povo judeu no seu conjunto seja responsável pela morte de Jesus.

Embora o Vaticano sustente há cinco décadas que os judeus não foram colectivamente responsáveis, académicos judeus ouvidos pela agência noticiosa norte-americana AP consideraram que o argumento agora exposto pelo papa é significativo e vai contribuir para combater o anti-semitismo.

"Há uma tendência humana natural para aceitar as coisas como verdadeiras e muitas vezes isto leva a erros de percepção" quanto aos riscos de anti-semitismo, considerou o rabi David Rosen, responsável para os assuntos inter-religiosos do comité judaico americano que há vários anos lidera o diálogo entre as duas religiões.

Segundo Rosen, o Vaticano divulgou em 1965 a sua nota mais autorizada sobre o assunto, "Nostra Aetate", nota que revolucionou as relações da Igreja Católica com o judaísmo ao afirmar que a morte de Cristo não pode ser atribuída ao povo judeu nem na altura nem actualmente.

Para o rabi, as palavras de Bento XVI podem representar um marco mais importante e duradouro na medida em que os crentes tendem a ler mais as escrituras e artigos ou livros do que os documentos da Igreja, especialmente os mais antigos.

Este é o segundo volume de "Jesus de Nazaré" de Bento XVI lançado em 2007, o primeiro livro que lançou como papa, sobre os primeiros anos da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo. Este segundo volume, com lançamento previsto para 10 de Março, é sobre a segunda parte da vida de Cristo.