História de Santo Antônio de Pádua
Pelo Pe. Antônio At., C. S. C.
Traduzido por Mons. Dr. J. Basílio Pereira
Livro de 1951
1195 - 1231
O estudo dos santos é sempre tentador. Esse atrativo explica-se facilmente; porque os santos são primores de obra. A natureza fornece de tempos em tempos a sua matéria prima; a graça vem a ser a sua razão última; para os formar, ela utiliza o meio.
Os santos são inteligências sublimes, mesmo quando ignorantes das ciências humanas; são caracteres superiores, porque venceram o mundo; são corações fortes e ternos, aos quais abrasam a um tempo o amor do bem e o ódio ao mal, e que o céu e a terra visitam à mesma hora; eles adoram o céu e protegem a terra : são, finalmente, insignes benfeitores do gênero humano. A caridade dos santos é sem rival; sua direção é segura, são provas disto as obras imortais que deixam após si. Mesmo quando não apresentassem à observação tão belos traços, quando se pudesse deles dizer somente: não são como os outros homens que conhecemos, e que nos aborrecem ou nos prejudicam, seriam dignos de acatamento.
Eis porque os santos são caros á Igreja, da qual constituem o orgulho e a esperança, e caros se tornam aos filhos da Igreja, que vêem neles uma brilhante demonstração de sua fé. Desde que não se os pode pôr em dúvida, preciso é explicá-los; e quem dirá donde saem, se acaso se negar a virtude do batismo? É em vão que muitos se esforçam por obscurecer o nimbo que lhes emoldura o semblante venerando. Fazer dos santos uns grandes homens e colocá-los no Panteon, é muitas vezes uma habilidade; no fundo, é uma involuntária homenagem que escritores honestos, e algures corações de artistas, rendem aos heróis do catolicismo.
Assim, se explica o prazer íntimo que experimentamos, lendo a Vida dos Santos.
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