Refeitório social de Viana do Castelo servia 10 refeições por dia, agora serve 72
5 de Setembro, 2011
A crise fez disparar a procura do refeitório social da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, um boom que obrigou à ampliação das instalações e ao reajustamento do protocolo com a Segurança Social.
«A procura tem aumento muito, mesmo muito. Há gente que até há bem pouco tempo estava bem na vida e que agora nos vem bater à porta. Alguns até preferem trazer a marmita e levar a refeição para casa, por vergonha de serem vistos», disse um dos responsáveis pelo refeitório.
Segundo Gílio Vazenga, o aumento de utentes obrigou à adequação do protocolo com a Segurança Social à nova realidade.
«Tínhamos um protocolo para servir 10 almoços por dia, agora temos para 36 almoços e 36 jantares. Ou seja, para 72 refeições diárias», referiu, sublinhando que o serviço é inteiramente gratuito.
O responsável ressalvou, no entanto, que um «ponto de honra» daquele refeitório é «não dizer que não» a quem bate à porta.
«Estamos constantemente a servir refeições extra-protocolo. Quem nos bate à porta não sai daqui sem levar o estômago confortado», referiu.
O funcionamento do refeitório, assegurou Gílio Vazenga, obriga a «uma grande ginástica financeira», mas o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima «lá tem conseguido levar a água ao seu moinho, muito graças aos contributos da população».
Além do refeitório social, a instituição também leva diariamente a refeição ao domicílio de cerca de 30 idosos que vivem sozinhos.
Lusa/SOL
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