Personalidades criticam que Papa seja recebido no Reino Unido em visita de Estado
Mais de 50 personalidades britânicas da ciência e das artes, incluindo o ator Stephen Fry e os escritores Ken Follet e Philip Pullman, criticaram hoje o facto de o Papa ser recebido no Reino Unido em visita de Estado.
Num manifesto muito incisivo publicado pelo diário The Guardian, os subscritores argumentam que Bento XVI não merece a honra deste género de visita ao Reino Unido pelo facto de, na qualidade de líder religioso e chefe de Estado, “liderar um Estado e uma organização responsável” por actividades condenáveis.
Os signatários referem designadamente “a oposição à distribuição de preservativos, que fomenta famílias numerosas em países pobres e a propagação da SIDA; negar o aborto, incluindo às mulheres mais vulneráveis; opor-se à igualdade de direitos para homossexuais, bissexuais e transexuais, e não abordar os numerosos casos de abusos de menores no interior da sua própria organização”.
Na missiva, também assinada pelo filósofo Anthony Grayling, o cientista Richard Dawkins ou a dirigente trabalhista baronesa Tessa Blackstone, também é reconhecido que o Papa, na qualidade de cidadão europeu e líder de uma religião com seguidores no Reino Unido, tem direito a visitar o país. No entanto, sublinham que a deslocação não merece a honra de uma visita de Estado, que lhe permitirá ser recebido pela rainha Isabel II ou encontrar-se com o chefe do Governo, David Cameron, entre outros atos oficiais.
O Papa chega na quinta-feira ao Reino Unido para uma visita pastoral de quatro dias em que estão previstas 16 intervenções públicas.
I ONLINE 15-09-2010
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