Fundador do"Re-food" prevê abertura de 15 a 20 centros no país até final do ano
O projeto que lançou é apenas um exemplo do que é possível fazer ao nível das comunidades, que considera terem imenso poder e precisam apenas de serem mobilizadas
O fundador do projeto "Re-food" estima que este ano abram entre 15 a 20 centros de redistribuição de comida em todo o país, entre eles os núcleos algarvios de Almancil e Algoz, cuja implementação é apoiada por Hunter Halder.
Em declarações à agência Lusa, Hunter Halder disse esperar que aos quatro já em funcionamento em Lisboa possam somar-se, até ao final deste ano, entre 15 a 20 novos núcleos de "Re-food", que funcionam com voluntários que recolhem refeições que sobram dos restaurantes e as distribuem pelos carenciados.
No Algarve, estão agora a ser constituídos os núcleos de Algoz-Tunes, em Albufeira, e de Almancil, onde já existe um espaço cedido por uma associação para montar o centro de operações.
Segundo Alexandra Brito, impulsionadora do projeto em Almancil, foi necessário um intenso trabalho de divulgação até ao momento de criação de uma equipa com os gestores que irão ajudar a abrir o centro de operações, trabalho feito em ligação com o núcleo de Algoz.
Além da angariação de voluntários, que terão em média uma participação de duas horas semanais, os grupos de gestores terão de contactar restaurantes e cafés que poderão disponibilizar a comida que sobra diariamente ao "Re-food" e identificar os potenciais beneficiários.
O fundador Hunter Halder, americano residente em Lisboa, contou à agência Lusa que lançou o projeto sozinho quando pegou na sua bicicleta para recolher refeições que sobravam nos restaurantes e cafés do seu bairro para distribuir pelas pessoas carenciadas.
Aquele responsável observou que o projeto que lançou é apenas um exemplo do que é possível fazer ao nível das comunidades, que considera terem imenso poder e precisam apenas de serem mobilizadas.
“Acho importante que as pessoas tenham conhecimento de que têm poder para mudar o mundo na sua própria comunidade, que não têm de esperar pelo Governo, nem por uma empresa, nem por ninguém”, afirmou.
Desde o início do projeto já foram entregues 300 mil refeições, estando os quatro núcleos de Lisboa a entregar uma média de 15 mil refeições por mês a cerca de 845 beneficiários, concluiu.