A polícia italiana deteve esta sexta-feira um bispo suspeito de estar envolvido em práticas financeiras ilegais.
O bispo, Monsenhor Scarano, um funcionário de topo do Banco do Vaticano, igualmente conhecido como Instituto para as Obras Religiosas, é acusado de tentar trazer ilegalmente 20 milhões de euros da Suíça.
“Existem muitos padres ou monsenhores que têm demasiado dinheiro e ninguém sabe porquê. Enquanto padres têm direito a ter uma conta no Banco do Vaticano, penso que no futuro este direito será limitado” adianta Marco Politi, especialista em temas relacionados com o Vaticano.
Para além de Scarano, foram ainda detidos um agente dos serviços secretos italianos e um intermediário financeiro.
A detenção insere-se no âmbito de uma investigação mais vasta sobre as atividades do Banco da Santa Sé, acusado no passado de falta de transparência.
Segundo Politi, “o novo escândalo vai contribuir para acelerar a reforma e re-organização do sistema financeiro da Igreja”.
A detenção tem lugar dois dias depois do Papa Francisco ter anunciado a criação de uma comissão de inquérito para a reforma do banco.
No ano passado foram detetadas seis tentativas de utilizar a Santa Sé para lavagem de fundos. Até ao momento, este ano, foram identificadas pelo menos sete tentativas.
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